Simpósio aborda impacto do desemprego de egressos na segurança pública
Simpósio aborda impacto do desemprego de egressos na segurança pública
11/09/2024 - A falta de trabalho para as pessoas que deixam a prisão após o cumprimento das penas e o impacto desse desemprego na segurança pública foram os principais pontos debatidos no simpósio “Empregabilidade dos Egressos do Sistema Prisional no Estado de Pernambuco”, realizado na última terça-feira (10), na sede da Procuradoria da República em Pernambuco, unidade do Ministério Público Federal (MPF) no Recife.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi uma das instituições que promoveu o evento, junto com o MPF, Ministério Público do Trabalho (MPT), Conselho Penitenciário do Estado de Pernambuco (Copen/PE) e Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE).
A abertura foi feita pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, que representa o MPF no Copen. Além dela, integraram a mesa de abertura o presidente do Copen/PE, advogado Jorge Neves, o Promotor de Justiça Fernando Falcão, o procurador do Trabalho Leonardo Mendonça, o juiz de Direito Roberto Bivar, titular da 2ª Vara de Execuções Penais de Pernambuco, e o advogado Adriano Cabral, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também compareceram ao simpósio os Promotores de Justiça de Execução Penal Rinaldo Jorge da Silva e José Edivaldo da Silva.
Segundo a Procuradora da República, além de uma reflexão sobre o tema, o objetivo do simpósio foi buscar soluções concretas, no âmbito das atribuições de cada entidade presente, para o enfrentamento do problema. Participaram do simpósio representantes do Sistema S, da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e de conselhos profissionais, bem como de órgãos da Administração Pública direta, autárquica e fundacional federais no Estado de Pernambuco, entre outros.
Silvia Lopes explicou que “existe legislação federal - o Decreto Federal n° 9.450, de 24 de julho de 2018 - que obriga os órgãos da administração pública direta, as fundações e as autarquias federais a exigirem das empresas particulares contratadas o emprego de pessoas presas ou egressas”. Se necessário, o MPF poderá fazer uso de instrumentos extrajudiciais e judiciais - como recomendações e ações civis públicas - para garantir o cumprimento da lei, detalhou a procuradora da República.
Para o Promotor Fernando Falcão, é fundamental à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) de Pernambuco ser proativa na busca de colocação profissional para os egressos. “Quando o interno retorna para o mesmo contexto social, sem trabalho, retoma a prática dos delitos, pois não vê como seguir com a vida fora da criminalidade. É preciso que o desencarceramento seja feito de forma mais responsável”, enfatizou.
Ele mencionou dados, de 2023, que indicam como a morte de egressos se reduz entre aqueles que estão trabalhando. Das 101 pessoas assassinadas após deixarem o sistema prisional, no ano passado, apenas três tinham emprego. “Quanto mais oportunidades criarmos para que saiam dessa roda esmagadora do crime, melhor para toda a sociedade”, complementou Fernando Falcão.
O Procurador do Trabalho Leonardo Mendonça, por sua vez, propôs uma reflexão sobre a correção do uso do termo ressocialização ao se referir às medidas voltadas à recuperação dos internos. “Não seria de fato uma socialização, já que muitos nunca tiveram acesso a qualquer direito, como educação? Alguns sequer podem ser contratados porque não têm documentos pessoais”, alertou.
Segundo ele, a obrigatoriedade legal para que o poder público contrate pessoas presas ou egressas é uma chance para que saiam das prisões melhor do que entraram, o que impacta a segurança pública como um todo. “Se é alta a reincidência, significa que o Estado está falhando. Cabe ao Ministério Público cobrar o cumprimento da lei, mas cada entidade pública tem a responsabilidade de contribuir para mudar esse cenário”, pontuou.
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República em Pernambuco
Últimas Notícias
MPPE inaugura Núcleo Regional do Gaeco para reforçar combate ao crime organizado
09/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) inaugurou, formalmente, na última sexta-feira (6), o Núcleo Regional de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado no Sertão (Gaeco Sertão), a 700 quilômetros do Recife. A entrega do espaço físico, na sede das Promotorias de Justiça de Petrolina, e dos equipamentos foi realizada durante a tarde, com a presença de diversos membros e servidores do MPPE e representantes de órgãos parceiros, como as Polícias Civil, Militar e Federal, Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Secretaria Municipal de Segurança Pública de Petrolina.
De acordo com o Procurador-Geral de Justiça, José Paulo Xavier, “com a descentralização a população do Sertão Central, do Sertão do Araripe e do Sertão do São Francisco contará mais perto com os serviços do Gaeco, aumentando a repressão à criminalidade organizada, à violência decorrente e protegendo quem sofre diretamente as consequências das ações ilícitas”.
Na inauguração, o chefe do MPPE destacou também o fortalecimento dos laços, na região, com outras instituições, como as Polícia Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, a Receita Estadual e Tribunal de Contas, “ampliando a troca de informações e a cooperação entre essas instituições, ponto forte no combate ao crime organizado”.
O coordenador do Gaeco do MPPE, Promotor de Justiça Roberto Brayner, reforça também que “ninguém isoladamente vai reduzir ou pelo menos enfrentar de maneira adequada o crime organizado, que cresce, assustadoramente, movimentando quantias bilionárias”.
APOIO TÉCNICO - O GAECO Sertão terá como atribuição prestar apoio técnico e operacional, nas circunscrições do MPPE sediadas em Salgueiro e Petrolina, abrangendo esses municípios, mais Afrânio, Araripina, Bodocó, Cabrobó, Cedro, Dormentes, Exu, Granito, Ipubi, Lagoa Grande, Moreilândia, Ouricuri, Orocó, Parnamirim, Petrolina, Santa Filomena, Santa Cruz, Santa Maria da Boa Vista, Serrita, Terra Nova, Trindade e Verdejante.
O grupo especial do MPPE “dispõe de ferramentas tecnológicas de investigação que visam buscar a prova necessária à instrução dos processos contra os criminosos, para que efetivamente sejam punidos e inibidos de repetir práticas semelhantes”, explica o Procurador-Geral de Justiça.
A exemplo do que já ocorre com o Núcleo Agreste do Gaeco, em Caruaru, o MPPE espera, com o Núcleo do Sertão, maior eficiência e eficácia nas ações ministeriais que forem movidas em relação a crimes praticados nos 24 municípios do território de cobertura.
“A expectativa é alcançarmos um volume maior de investigações e de resultados quanto à recuperação, por exemplo, de impostos que são sonegados ao Estado e subtraem da população investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança pública, saneamento etc. A asfixia financeira, a identificação dos agentes e sua efetiva punição são estratégias determinantes de combate à criminalidade organizada”, explicou o coordenador do Gaeco, Promotor de Justiça Roberto Brayner. Segundo ele, o estelionato, a fraude bancária, o tráfico de armas e de drogas são alguns alvos, exigindo planejamento das investigações e de toda a parte operacional.
Para a implantação do segundo núcleo regional, a Procuradoria Geral de Justiça ampliou o número de Promotores e de servidores que integram o grupo especial. O combate à criminalidade organizada é uma das prioridades da gestão do biênio 2025-2027 do MPPE.
MPPE e Comitê Ecos de Pernambuco oferecem quatro cursos on-line gratuitos
09/06/2025 - Em celebração a Semana do Meio Ambiente, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Comissão de Gestão Ambiental do MPPE, junto às demais instituições parceiras do Comitê Ecos de Pernambuco, está oferecendo gratuitamente quatro cursos on-line. Com o tema “Os Desafios das Mudanças Climáticas”, a iniciativa tem como principal objetivo promover a reflexão sobre o papel do cidadão no cuidado com o meio ambiente.
Os interessados podem se inscrever pelo link: https://sites.google.com/mppe.mp.br/semanadomeioambiente2025/in%C3%ADcio
Aos participantes, serão emitidos certificados pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Confira abaixo informações sobre os cursos, que ficarão disponíveis durante todo o mês de junho de 2025:
CURSOS
PLANEJAMENTO URBANO RESILIENTE
Este curso capacitará os participantes a dominar os princípios da resiliência urbana, focando na implementação estratégica de infraestruturas verdes e azuis. Você desenvolverá uma compreensão aprofundada de como essas soluções baseadas na natureza podem mitigar os impactos de eventos climáticos extremos, ao mesmo tempo em que aborda o conhecimento introdutório sobre indicadores socioambientais e urbanos essenciais. Junte-se a nós para explorar abordagens inovadoras que visam construir cidades mais sustentáveis e adaptadas aos desafios das mudanças climáticas.
Ministrantes: Maria Eduarda Borges de Almeida (UFRPE) e Guilherme Heverton Lima e Silva (UFRPE)
CAMADAS DE COBERTURA DE ATERRO SANITÁRIO E EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
Este curso aborda os principais conceitos relacionados aos aterros sanitários, com foco especial na geração de biogás e suas implicações como gases de efeito estufa. Você vai aprender sobre as emissões fugitivas de biogás, as técnicas de controle e as funções das camadas de cobertura. O conteúdo inclui também o estudo de ensaios de laboratório e de campo para a avaliação e mitigação desses impactos, oferecendo uma visão abrangente sobre a gestão sustentável de resíduos e a valorização energética.
Ministrantes: Laís Roberta Galdino de Oliveira (UFG) e Vanessa Fernandes Machado (UFG)
OS DESAFIOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Este curso oferece uma capacitação abrangente para que os participantes compreendam a complexidade das mudanças climáticas e seus impactos multifacetados nas esferas ambiental, social e econômica. Você explorará as diversas soluções e estratégias de mitigação e adaptação, analisando sua aplicação e relevância em níveis local, nacional e global. Prepare-se para adquirir o conhecimento necessário para enfrentar um dos maiores desafios da nossa era e contribuir para um futuro mais sustentável.
Ministrante: Soraya Giovanetti El-Deir (UFRPE)
GLOCALIZAÇÃO AMBIENTAL: COMPREENDENDO O CONCEITO A PARTIR DA MARISCAGEM
Este curso convida você a explorar a glocalização ambiental sob uma ótica prática e contextualizada, utilizando a atividade da mariscagem como estudo de caso. Ao longo das sessões, desvendaremos como as dinâmicas globais e locais se entrelaçam na gestão e percepção dos recursos naturais, oferecendo uma compreensão aprofundada das complexas interações entre o meio ambiente e as comunidades costeiras.
Ministrante: Rhaldney Felipe de Santana (UFPB)
SOBRE O COMITÊ ECOS DE PERNAMBUCO - Composto por 11 instituições públicas, tem como objetivo estimular e desenvolver ações institucionais compartilhadas na área de sustentabilidade. Além do MPPE, também fazem parte do Comitê: Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE); Tribunal Regional do Trabalho (TRT 6ª Região); Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE); Tribunal de Justiça do Estado (TJPE), Tribunal Regional Federal (TRF 5ª Região), Advocacia-Geral da União (AGU - Superintendência de Administração de Pernambuco), Procuradoria Regional da República (PRR 5ª Região), Procuradoria da República em Pernambuco (MPF), Procuradoria Regional do Trabalho (6ª Região) e UFRPE.
Publicado primeiro relatório do programa de monitoramento da qualidade de produtos hortifrutigranjeiros
09/06/2025 - Resultado do Acordo de Cooperação Técnica MP nº 026, firmado em 2022, entre a Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) e o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), foi publicado recentemente o Relatório do Programa de Monitoramento da Qualidade de Produtos Hortifrutigranjeiros - Resultados do Ciclo 2022-2023.
O documento apresenta os resultados das principais ações de coleta de amostras de alimentos comercializados no Ceasa-PE e posterior análise de resíduos de agrotóxicos, realizada no Laboratório de Resíduos de Agrotóxicos (LabTox), do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), para os anos de 2022 e 2023.
O Programa de Monitoramento da Qualidade de Produtos Hortifrutigranjeiros tem o objetivo de verificar a presença de princípios ativos ou resíduos de agrotóxicos acima dos limites legais permitidos ou a aplicação de agrotóxicos não autorizados nos produtos hortifrutigranjeiros.
O relatório é uma importante ferramenta para a proteção da saúde da população. Além disso, visa assegurar a oferta de alimentos e produtos mais saudáveis, no mercado.
O documento está disponível para download neste link.

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