Setores da atividade-meio, Ouvidoria e Nupia definem programas para o ciclo 2024-2029
Setores da atividade-meio, Ouvidoria e Nupia definem programas para o ciclo 2024-2029
29/11/2023 - A revisão da Gestão Estratégica do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deu mais um passo nesta segunda-feira (28) com a realização da 3ª Oficina de Gestão Estratégica, que reuniu integrantes dos setores da área-meio, da Ouvidoria e do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA) na sede do Porto Digital, no Recife.
Durante a reunião, membros e servidores do MPPE trabalharam em grupos para apresentar programas que possam levar ao cumprimento dos objetivos definidos no Mapa Estratégico institucional.
O Subprocurador-Geral de Justiça em Assuntos Administrativos, Hélio Xavier, abriu o evento representando o Procurador-Geral de Justiça. Ele agradeceu a presença de todos durante a manhã de trabalho e repassou a condução da reunião para a Assessoria Ministerial de Planejamento e Estratégia Organizacional (AMPEO), que apresentou os dados da pesquisa realizada com a sociedade e com o público interno.
A partir dessas informações, as mesas temáticas começaram a planejar as ações estratégicas que vão compor o planejamento para os próximos seis anos.
"Gerir é saber ouvir. Essa construção coletiva do nosso planejamento está sendo feita ouvindo a sociedade, que é quem nos paga e em nome de quem devemos buscar sempre melhorar a prestação de serviço do MPPE", acrescentou a Secretária-Geral do MPPE, Janaína Bezerra.
Como representante de uma das áreas estratégicas que participou da oficina, a assessora do Núcleo de Apoio à Gestão de Pessoas (NGP), Promotora de Justiça Maria Izamar Ciríaco, ressaltou o papel da interação entre os diversos setores para a construção dos programas e ações.
"Através do contato com os demais setores, estamos desenvolvendo formas de melhorar nossos programas, com foco no relacionamento interpessoal e nas competências no âmbito do MPPE. Pretendemos sair desta etapa com propostas para ampliar as ações institucionais de Gestão de Pessoas e ofertar, dessa forma, respostas melhores à sociedade", destacou.
Já a Ouvidora do MPPE, Maria Lizandra de Carvalho, afirmou que a oficina evidencia a importância da sintonia no trabalho dos diversos setores da Instituição.
"Muito foi feito no último ciclo da Gestão Estratégica, mas ainda precisamos de alguns avanços, inclusive intensificar nossa reaproximação e aprimorar continuamente o diálogo com a sociedade no período pós-pandemia", complementou.
Veja abaixo os programas estratégicos propostos na 3ª Oficina e seus objetivos:
Governança e gestão por resultados: promover melhores práticas de governança que induzam a eficiência organizacional.
Plano de Gestão Sustentável do MPPE: criar uma política sustentável através de iniciativas para reduzir os impactos ambientais do MPPE.
Plano Parque Solar: implementar o uso de energias renováveis no MPPE.
Orçamento eficiente: planejar, medir e controlar os recursos orçamentários de forma eficiente ao longo de todo o exercício.
Captação eficiente de recursos: captar os recursos necessários ao financiamento das ações estratégicas do MPPE.
Terceirização legal: aprimorar a gestão da força de trabalho contratada do MPPE.
Gestão patrimonial padronizada: otimizar a gestão patrimonial.
MPPE constrói: aprimorar a manutenção, mobiliário e obras dos prédios.
DescoMPlica: melhorar a acessibilidade comunicacional em relação à linguagem e para pessoas com deficiência.
Amplia Ação: expandir a comunicação interinstitucional para públicos não atingidos atualmente.
Programa Desenvolvimento Profissional e Humano: promover a governança em Gestão de Pessoas.
Trabalho é Saúde: estruturar o Programa de Saúde Física e Mental no trabalho e aprimorar ações de prevenção ao assédio moral.
MPPE Qualifica: promover e desenvolver a qualificação dos integrantes do MPPE, capacitando-os dentro de suas áreas de atuação.
MPPE Integrado: desenvolver e aperfeiçoar os sistemas de informação institucionais integrados e seguros ao ecossistema de Justiça e Cidadania.
TI nos Trilhos: promover ações para garantir a gestão e governança de TI.
Pacifica MP: fomentar a solução pacífica dos conflitos através da autocomposição.
Escuta InterAtiva: promover ações para intensificar a reaproximação e o incremento da interação entre o MP e a sociedade (após a pandemia).
Últimas Notícias
Procurador-Geral de Justiça e Superintendente Regional da Receita Federal renovam cooperação e atuação integrada
11/06/2025 - O Procurador-Geral de Justiça, José Paulo Xavier, fez, na manhã desta terça-feira (10), uma visita de cortesia à superintendente da Receita Federal, Myrelle Miranda, da 4ª Região Fiscal, que atende os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. “Viemos tratar sobre atuação integrada, compartilhamento de dados e troca de expertises e informações no enfrentamento à criminalidade organizada. É preciso asfixiar as fontes de financiamento e origens ilícitas de receitas das organizações criminosas, que, dentre outras formas, através de negócios supostamente regulares procuram ‘lavar’ o dinheiro auferido com seus crimes”, explicou o PGJ.
Para a superintendente da 4ª Região Fiscal, Myrelle Miranda, “a aproximação entre o Ministério Público de Pernambuco e a Receita Federal abre caminhos para o diálogo, cooperação e o intercâmbio de informações, que são essenciais para o enfrentamento conjunto de temas como sonegação fiscal, corrupção e outros ilícitos que afetam diretamente a sociedade”. Segundo ela, a visita desta terça-feira “simboliza para a Receita Federal do Brasil o compromisso mútuo com a legalidade, a transparência e o interesse público”.
DOAÇÃO - Durante o encontro, na Superintendência da Receita Federal, no Bairro do Recife, foi tratada, ainda, da possível cooperação institucional pela doação, ao MPPE, de equipamentos eletrônicos apreendidos por irregularidade fiscal e que possam ser utilizados pela instituição no enfrentamento à criminalidade.
O Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco foi acompanhado pelo Promotor de Justiça, Roberto Brayner, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPE. Eles foram recebidos também pelos Superintendentes Adjuntos da 4ª Região Fiscal, Adriano Barrote e Carlos Eduardo Oliveira, assim como pela Delegada da Receita Federal no Recife, Heloísa Moraes.
MPPE recomenda que Neoenergia apresente plano de ação para implementar rede elétrica em população ribeirinha
11/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina, recomendou que o Grupo Neoenergia apresente, em até 15 dias úteis, plano de ação atualizado e cronograma executivo para implantação da rede elétrica nas Ilhas do Combate e adjacências, onde há mais de dez anos os moradores pleiteiam por fornecimento de energia elétrica. O documento deverá incluir obras, obtenção de licenças e articulação com proprietários de áreas afetadas, com a previsão de cada etapa necessária.
Ainda conforme a publicação, a concessionária deverá apresentar justificativa técnica, jurídica e administrativa para cada pendência atual, identificando os entraves específicos e as soluções viáveis, inclusive a identificação das áreas com potencial de traçado alternativo. Já para os casos de recusas injustificadas de proprietários em permitir a passagem da rede elétrica, deverão ser adotadas, com urgência, medidas jurídicas cabíveis para instituição de servidão administrativa ou desapropriação por utilidade pública.
Desde 2022 tramita na Promotoria um procedimento sobre o tema, após recebimento de denúncia dos moradores das localidades contra a Neoenergia. Segundo relatado por eles, desde 2014 a concessionária se recusa a fornecer energia elétrica sob o pretexto de obstáculos administrativos, ambientais e fundiários. Ao longo desse tempo, foram realizadas diversas reuniões entre a Promotoria de Justiça, a Neoenergia e demais órgãos. E, embora tenha se comprometido em diversas ocasiões, a concessionária reiteradamente descumpriu prazos e não avançou efetivamente na instalação da rede elétrica.
“Não obstante os reiterados esforços do Ministério Público, a tramitação do procedimento administrativo perdura por mais de três anos sem a concretização do serviço essencial de fornecimento de energia elétrica, situação que configura violação manifesta a direitos fundamentais da população local, afetando saúde, segurança, educação e dignidade humana, e perpetuando desigualdade estrutural e negligência institucional”, pontuou a Promotora de Justiça Ana Paula Nunes Cardoso, no texto da publicação.
A recomendação também foi direcionada à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que deverá apresentar, em até 10 dias úteis, relatório técnico consolidado com manifestação conclusiva sobre os pedidos de Licença Simplificada e Autorização de Supressão de Vegetação (ASV), detalhando pendências e exigências remanescentes. A CPRH deverá, ainda, articular com a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) a apreciação célere e concomitante dos pedidos de Consulta Prévia dos moradores.
Caberá à AMMA, por sua vez, promover a identificação de áreas para compensação ambiental mínima exigida, com a indicação precisa de coordenadas e elaboração de plano simplificado de recuperação ambiental. Além disso, deverá informar, em até cinco dias úteis, sobre os protocolos já recebidos, pendências e providências adotadas quanto aos pedidos relacionados à compensação e a ASV.
Já a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Sustentabilidade de Petrolina (SEDURBHS) deverá fornecer, em até 10 dias úteis, manifestação técnica conclusiva sobre a emissão das anuências de uso do solo pendentes, e promover os ajustes necessários à categoria “Licença de Construção”, já protocolada pela Neoenergia.
Foi estabelecido o prazo de 20 dias para resposta e cumprimento das medidas ora recomendadas, sob pena de adoção das providências judiciais cabíveis, inclusive propositura de ação civil pública para imposição judicial das obrigações.
A íntegra da recomendação foi publicada na edição do Diário Oficial Eletrônico (DOE) do dia 10 de junho de 2025.
MPPE se reúne com conselheiros tutelares e constata situação precária da rede de proteção à infância e juventude
11/06/2025 - Para se inteirar sobre a situação estrutural dos três Conselhos Tutelares situados em Olinda, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se reuniu com conselhos tutelares do município, na quinta-feira (5), para ficar a par das carências e abrir um canal de diálogo com os órgãos.
Na ocasião, as Promotoras de Justiça Tayjane Cabral e Liliane Asfora ouviram os relatos sobre as dificuldades estruturais que os conselhos atravessam, bem como sobre as deficiências da rede de proteção à infância e juventude.
“Antes dessa reunião, chegamos a visitar os três conselhos e pudemos constatar a situação precária em que se encontram. Faltam equipamentos, sequer possuem celular funcional, não possuem acessibilidade, não foi implementado o SIPIA, falta servidor para auxiliar na atividade-meio, tem unidade que sequer possui a identificação de que se trata do conselho. Em um dos imóveis, dois conselheiros dividiam uma minúscula sala, precisando se revezar nos atendimentos e por aí vai”, comentou a Promotora de Justiça Liliane Asfora.
Na reunião, além de os conselheiros reconhecerem as dificuldades constatadas, trouxeram também queixas relacionadas à insuficiência de psicólogos, psiquiatras e neuropediatras da rede para atender às crianças e adolescentes. Segundo os relatos, a demanda dos conselhos é enorme e só há um veículo para cada unidade atendê-las.
Foi também exposto que as escolas não atendem às requisições dos conselhos para proporcionar vagas, só atendendo depois que o Ministério Público se pronuncia.
Outra reclamação é da existência de um único Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) para os cerca de 400 mil habitantes de Olinda, só existindo duas psicólogas para atender a todas as demandas do Município. Com isso, o CREAS não tem conseguido atender às demandas do conselho com a celeridade exigível e tem se limitado a responder apenas as mais urgentes.
Também foi dito que a rede de assistência a crianças e adolescentes está desarticulada em Olinda.
Durante a reunião, as Promotoras cobraram falta de respostas aos expedientes ministeriais e advertiram sobre a proibição de utilizarem a função de conselheiro para fazerem promoção pessoal com fins eleitorais, assim como alertaram a todos sobre a obrigação de exercerem sua autonomia dentro dos limites da lei, reiterando o pedido de entrega de relatório por parte de cada coordenador quanto às dificuldades encontradas nas respectivas sedes dos três conselhos.
As Promotoras deram um prazo de 15 dias para que os conselheiros entreguem os relatórios solicitados, que serão analisados e servirão de base para os próximos passos a serem adotados pelo MPPE. Uma nova reunião será agendada com a rede após a entrega, assim como com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, pasta ao qual o Conselho Tutelar se encontra vinculado.

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