MPPE participa de audiência pública na Alepe sobre ataques de tubarão

22/03/2023 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se fez presente na audiência pública sobre ataques de tubarão no litoral pernambucano que ocorreu na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na terça-feira (21). A Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Belize Câmara, e o Promotor de Justiça Sérgio Souto, titular da 12ª Promotoria de Defesa da Cidadania da Capital - Meio Ambiente, foram assistir às explanações e colher dados técnicos e sugestões para que o MPPE possa contribuir para solucionar o problema, que tem vitimado pessoas que frequentam as praias da Região Metropolitana do Recife (RMR).

“Viemos ouvir técnicos, especialistas, autoridades públicas e representantes da sociedade civil, a fim de colhermos elementos e subsídios técnicos para oferecimento de suporte aos promotores de justiça acerca de medidas que podem ser adotadas de forma complementar à atuação dos demais atores na temática dos ataques de tubarão", comentou Belize Câmara. "A incidência cada vez mais frequente e a gravidade dos ataques deixam claro que tais ações devem estar pautadas emergencialmente no fortalecimento das medidas de educação ambiental e conscientização da população, reforço das sinalizações e fiscalização, ao lado de ações de médio e longo prazo, tais como a retomada dos estudos e pesquisas na área e, ainda, no combate à prática de danos ambientais que, ao longo do tempo, têm contribuído para o desequilíbrio do ecossistema como um todo", complementou.

O Deputado Estadual, Rodrigo Novaes, que convocou a audiência pública, frisou que se trata de um tema que não pode cair no esquecimento, após o passar do tempo dos recentes incidentes, e que medidas concretas precisam ser encontradas. "É primordial traçar medidas de prevenção e proteção aos frequentadores das praias, sejam elas tecnológicas, como redes e equipamentos repelentes dos animais, ou de conscientização, como campanhas para a população", afirmou ele.

Alepe promove audiência pública sobre ataques de tubarão no Estado

Segundo a Secretária de Sustentabilidade e Meio Ambiente de Pernambuco, Ana Luíza Ferreira da Silva, a educação ambiental e o investimento em pesquisas científicas são as primeiras ações do Governo do Estado diante do problema. "Salvaguardar a vida das pessoas é prioridade. Daí, estamos enfatizando que as informações à população sobre o ambiente em que os animais vivem e como evitá-lo, diferenciando a faixa de areia, onde não há risco, da faixa de banho, que é onde está o perigo", revelou ela. "Também há preocupação com a vida marinha, como entender a motivação e a dinâmica dos ataques. E ainda estudando equipamentos de proteção a salva-vidas, que precisam entrar na água para realizar salvamentos", disse.

A audiência tratou também de fisiologia dos tubarões e hábitos alimentares deles, interferência humana no habitat dos animais causando desequilíbrio, histórico dos ataques, prejuízos econômicos para comerciantes e rede hoteleira, e atendimento médico e psicológico a sobreviventes que perderam membros do corpo, com reabilitação e disponibilização de próteses mecânicas.

Registros - Desde 1992, já ocorreram 77 ataques de tubarão no litoral da RMR, com 26 mortes. Antes, em 1947, foi noticiada a morte de um frade carmelita, em Piedade, vítima de tubarão.

Veja também, o registro feito pela TV MPPE:

 

 

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PROMOÇÃO
Luciana de Braga Vaz da Costa toma posse no Colégio de Procuradores do MPPE
Fotografia da nova procuradora durante o juramento
Luciana Vaz da Costa é agora uma das 25 mulheres que compõem o Colégio de Procuradores, integrado por 52 nomes

 

08/10/2024 - Foi empossada na tarde de segunda-feira (7) como Procuradora de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Luciana de Braga Vaz da Costa. Com quase 30 anos de serviços dedicados à instituição, atuou nas duas últimas décadas em Promotorias de Família e está assumindo a 2ª Procuradoria Cível de Caruaru, na 2ª Instância. 

A promoção foi publicada no final de agosto no Diário Oficial e a posse ocorreu durante a 3ª Sessão do Colégio de Procuradores, no Recife. “É um misto de alegria e sentimento de grande responsabilidade, espero atender as expectativas e fazer o melhor possível, com empenho e dedicação”, mencionou a nova procuradora. Filha do ex-Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, Olímpio Costa Júnior, já falecido, ela destacou os conselhos recebidos do pai e renovou o compromisso de manter uma atividade equilibrada, em defesa da justiça e contra as desigualdades.

Luciana Vaz da Costa é agora uma das 25 mulheres que compõem o Colégio de Procuradores, integrado por 52 nomes. Natural de Petrolina, no Sertão do Estado, iniciou a carreira no MPPE também no interior. Depois trabalhou no Cabo de Santo Agostinho e em seguida na capital.

Na cerimônia, a Procuradora de Justiça Cristiane Medeiros fez a saudação à colega empossada. Destacou a história de Luciana, ressaltando qualidades pessoais, como o gosto pela literatura e as artes, herdado da mãe, Solange Maria, e o exemplar desempenho na carreira.

O Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, elogiou a trajetória de Luciana Vaz da Costa, pelas contribuições feitas ao MPPE e à sociedade nos cargos que assumiu, pautada “pela responsabilidade, comportamento elegante e busca do trabalho perfeito sem se preocupar com holofotes, como deve ser a obrigação de todos nós”. Lembrou que para o novo desafio ela não estará sozinha, pois terá a sua disposição os demais colegas.

A posse foi prestigiada por membros e servidores do MPPE, representantes do Judiciário e familiares da procuradora. 
 

RIO FORMOSO
MPPE recomenda a regularização do Conselho de Direitos e criação do Fundo Municipal da Pessoa Idosa
Fotografia de mulher negra idosa sorrindo
Outra providência recomendada pelo MPPE é a criação e regularização do Fundo Municipal da Pessoa Idosa

 

08/10/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça de Rio Formoso, recomendou aos chefes dos Poderes Executivo e Legislativo locais que adotem as medidas necessárias para adequar o Fundo Municipal da Pessoa Idosa à legislação existente e cadastrá-lo perante o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. 

Conforme detalhou a Promotora de Justiça Milena Lima do Vale Souto Maior, no texto da recomendação, a Lei Estadual nº 15.446/2014 prevê a unificação das datas da eleição e posse dos representantes da sociedade civil e da posse dos representantes do poder público que compõem os Conselhos Municipais de Direitos da Pessoa Idosa. Dessa forma, cabe à prefeita remeter ao Legislativo projeto de lei adequando a normativa municipal, para que não se contraponha à lei estadual.

Outra providência recomendada pelo MPPE é a criação e regularização do Fundo Municipal da Pessoa Idosa, caso ainda não exista, e o cadastro desse fundo junto ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Essa última providência é pré-requisito para que o fundo possa receber doações diretamente na declaração de Imposto de Renda dos contribuintes.

Já para o presidente da Câmara de Vereadores, a recomendação ministerial é pautar, para deliberação e votação em regime de urgência, o referido projeto de lei assim que houver o encaminhamento pela prefeita.

A Promotoria de Justiça de Rio Formoso solicitou às duas autoridades municipais informações sobre a tramitação do projeto de lei.

“O Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa é um órgão essencial à garantia de direitos e que tem como finalidades propor e acompanhar políticas públicas para essa população, como determinam a Política Nacional do Idoso e o Estatuto da Pessoa Idosa”, ressaltou Milena Souto Maior.

A recomendação foi publicada na íntegra no Diário Oficial Eletrônico do MPPE de 4 de outubro.
 

PALMARES
MPPE recomenda estudo sobre área de risco nas margens do Rio Una e realocação de moradores ribeirinhos
Fotografia de casas à beira do rio
Prefeitura deve promover o reassentamento dos moradores em local seguro

 

08/10/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 2ª Promotoria de Justiça Cível local, recomendou que a Prefeitura do município de Palmares realize um estudo para avaliar a viabilidade de moradia e atividades comerciais nos entornos do Rio Una, avaliando-se os danos e prejuízos caso a área venha a ser atingida por enchente.

No documento, o MPPE orienta ainda que a Prefeitura expeça um normativo fixando a extensão exata da área de risco para habitação em torno do Rio Una; e que providencie, no prazo de 60 dias ou, imediatamente em caso de ocorrência de quadro chuvoso intenso, a remoção da população das áreas ribeirinhas.

Além disso, a Prefeitura deve promover a notificação da remoção aos ocupantes, acompanhada de cópia de laudo técnico e de informações sobre as alternativas oferecidas pelo Poder Público para assegurar seu direito à moradia. Deve, também, promover o reassentamento dos moradores em local seguro, com o seu sucessivo cadastramento para garantia de atendimento habitacional em caráter definitivo de acordo com os critérios dos programas públicos de habitação de interesse social do município; bem como adotar as providências de vigilância necessárias para assegurar a não reocupação do local.

Segundo a publicação, a Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de Pernambuco elaborou uma Nota Técnica apontando que, “mesmo após a construção da Barragem de Serro Azul, para uma vazão com tempo de retorno de 10 anos, há risco de residências serem inundadas no Município de Palmares”.

O não atendimento da Recomendação na sua forma e termos poderá implicar na adoção de todas as medidas necessárias à sua implementação, inclusive com a responsabilização daquele que não lhe der cumprimento.

O documento, de autoria da Promotora de Justiça Regina Wanderley Leite de Almeida, foi publicado na íntegra na edição do Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 4 de setembro.
 

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