PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO

MPPE atua para coibir excessos na campanha eleitoral em Exu, Moreilândia e Santa Cruz do Capibaribe

Fotografia de trânsito caótico
Foi recomendada a adoção de restrições ao uso de paredões sonoros

 

11/09/2024 - Para resguardar o direito ao sossego dos cidadãos de Exu, Moreilândia e Santa Cruz do Capibaribe, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou aos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, agentes públicos, candidatos, dirigentes partidários e cidadãos que respeitem os limites sonoros durante os atos de campanha eleitoral.

Confira o que estabelecem as recomendações, publicadas nas edições do Diário Oficial Eletrônico do MPPE das últimas quinta-feira e sexta-feiras (5 e 6).

Exu e Moreilândia: a Promotoria de Justiça da 79ª Zona Eleitoral recomendou a adoção de restrições ao uso de paredões sonoros, com horário limite às 22 horas e apenas com a função de som ambiente. Já para os carros de som, seu uso deve se limitar a caminhadas, passeatas ou comícios, com limitação de emissão sonora a 80 decibéis e a uma distância superior a 200 metros de hospitais, escolas, igrejas, teatros, bibliotecas e afins.

A Promotora Nara Guimarães ressaltou que o MPPE recebeu relatos de interferência dos carros de som no andamento das aulas na escola Coronel Chico Romão, em Moreilândia, do uso abusivo desses equipamentos nas ruas de Exu.

Santa Cruz do Capibaribe: a Promotoria de Justiça da 109ª Zona Eleitoral recomendou aos agentes públicos e candidatos a não utilizar fogos de artifício que causam explosão e barulho, bem como evitar o emprego de paredões, trios elétricos e minitrios.

O Promotor de Justiça Iron Miranda recomendou ainda que a Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, junto com as Polícias Civil e Militar, recolha imediatamente equipamentos sonoros que estiverem sendo usados em desacordo com a legislação.
 

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PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO
MPPE atua para coibir excessos na campanha eleitoral em Exu, Moreilândia e Santa Cruz do Capibaribe
Fotografia de trânsito caótico
Foi recomendada a adoção de restrições ao uso de paredões sonoros

 

11/09/2024 - Para resguardar o direito ao sossego dos cidadãos de Exu, Moreilândia e Santa Cruz do Capibaribe, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou aos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, agentes públicos, candidatos, dirigentes partidários e cidadãos que respeitem os limites sonoros durante os atos de campanha eleitoral.

Confira o que estabelecem as recomendações, publicadas nas edições do Diário Oficial Eletrônico do MPPE das últimas quinta-feira e sexta-feiras (5 e 6).

Exu e Moreilândia: a Promotoria de Justiça da 79ª Zona Eleitoral recomendou a adoção de restrições ao uso de paredões sonoros, com horário limite às 22 horas e apenas com a função de som ambiente. Já para os carros de som, seu uso deve se limitar a caminhadas, passeatas ou comícios, com limitação de emissão sonora a 80 decibéis e a uma distância superior a 200 metros de hospitais, escolas, igrejas, teatros, bibliotecas e afins.

A Promotora Nara Guimarães ressaltou que o MPPE recebeu relatos de interferência dos carros de som no andamento das aulas na escola Coronel Chico Romão, em Moreilândia, do uso abusivo desses equipamentos nas ruas de Exu.

Santa Cruz do Capibaribe: a Promotoria de Justiça da 109ª Zona Eleitoral recomendou aos agentes públicos e candidatos a não utilizar fogos de artifício que causam explosão e barulho, bem como evitar o emprego de paredões, trios elétricos e minitrios.

O Promotor de Justiça Iron Miranda recomendou ainda que a Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, junto com as Polícias Civil e Militar, recolha imediatamente equipamentos sonoros que estiverem sendo usados em desacordo com a legislação.
 

SISTEMA PRISIONAL
Simpósio aborda impacto do desemprego de egressos na segurança pública
Fotografia de participantes do evento sentados na mesa principal
MPPE foi uma das instituições que promoveu o evento, junto com o MPF, MPT, Copen/PE e TJPE

 

11/09/2024 - A falta de trabalho para as pessoas que deixam a prisão após o cumprimento das penas e o impacto desse desemprego na segurança pública foram os principais pontos debatidos no simpósio “Empregabilidade dos Egressos do Sistema Prisional no Estado de Pernambuco”, realizado na última terça-feira (10), na sede da Procuradoria da República em Pernambuco, unidade do Ministério Público Federal (MPF) no Recife.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi uma das instituições que promoveu o evento, junto com o MPF, Ministério Público do Trabalho (MPT), Conselho Penitenciário do Estado de Pernambuco (Copen/PE) e Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE).

A abertura foi feita pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, que representa o MPF no Copen. Além dela, integraram a mesa de abertura o presidente do Copen/PE, advogado Jorge Neves, o Promotor de Justiça Fernando Falcão, o procurador do Trabalho Leonardo Mendonça, o juiz de Direito Roberto Bivar, titular da 2ª Vara de Execuções Penais de Pernambuco, e o advogado Adriano Cabral, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também compareceram ao simpósio os Promotores de Justiça de Execução Penal Rinaldo Jorge da Silva e José Edivaldo da Silva.

Segundo a Procuradora da República, além de uma reflexão sobre o tema, o objetivo do simpósio foi buscar soluções concretas, no âmbito das atribuições de cada entidade presente, para o enfrentamento do problema. Participaram do simpósio representantes do Sistema S, da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e de conselhos profissionais, bem como de órgãos da Administração Pública direta, autárquica e fundacional federais no Estado de Pernambuco, entre outros.

Silvia Lopes explicou que “existe legislação federal - o Decreto Federal n° 9.450, de 24 de julho de 2018 - que obriga os órgãos da administração pública direta, as fundações e as autarquias federais a exigirem das empresas particulares contratadas o emprego de pessoas presas ou egressas”. Se necessário, o MPF poderá fazer uso de instrumentos extrajudiciais e judiciais - como recomendações e ações civis públicas - para garantir o cumprimento da lei, detalhou a procuradora da República.

Para o Promotor Fernando Falcão, é fundamental à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) de Pernambuco ser proativa na busca de colocação profissional para os egressos. “Quando o interno retorna para o mesmo contexto social, sem trabalho, retoma a prática dos delitos, pois não vê como seguir com a vida fora da criminalidade. É preciso que o desencarceramento seja feito de forma mais responsável”, enfatizou.

Ele mencionou dados, de 2023, que indicam como a morte de egressos se reduz entre aqueles que estão trabalhando. Das 101 pessoas assassinadas após deixarem o sistema prisional, no ano passado, apenas três tinham emprego. “Quanto mais oportunidades criarmos para que saiam dessa roda esmagadora do crime, melhor para toda a sociedade”, complementou Fernando Falcão.

O Procurador do Trabalho Leonardo Mendonça, por sua vez, propôs uma reflexão sobre a correção do uso do termo ressocialização ao se referir às medidas voltadas à recuperação dos internos. “Não seria de fato uma socialização, já que muitos nunca tiveram acesso a qualquer direito, como educação? Alguns sequer podem ser contratados porque não têm documentos pessoais”, alertou.

Segundo ele, a obrigatoriedade legal para que o poder público contrate pessoas presas ou egressas é uma chance para que saiam das prisões melhor do que entraram, o que impacta a segurança pública como um todo. “Se é alta a reincidência, significa que o Estado está falhando. Cabe ao Ministério Público cobrar o cumprimento da lei, mas cada entidade pública tem a responsabilidade de contribuir para mudar esse cenário”, pontuou.

*Com informações da Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República em Pernambuco
 

HABITAÇÃO E URBANISMO
No Recife, MPPE vistoria áreas desapropriadas e de risco, ouvindo queixas da população
Fotografia de fiscais vistoriando área com casas à beira de uma barreira
Entre os trabalhos, foi realizada a inspeção em barreira com risco de deslizamento


 

11/09/2024 - A 35ª Promotoria de Justiça Defesa da Cidadania da Capital, com atuação em Habitação e Urbanismo, realizou no Recife, neste mês de setembro, inspeções em áreas de barreira em risco e mangue, após denúncias encaminhadas pela Ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Desde o início de setembro, a Promotora de Justiça Fernanda Henriques da Nóbrega tem investigado possíveis irregularidades envolvendo desapropriações promovidas pela Prefeitura do Recife em áreas consideradas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), localizadas na Avenida Doutor Dirceu Velloso Toscano de Brito e 1ª Travessa Toscano de Brito, conhecida como Vila do Icapuí, bairro do Pina; como também inspecionou uma barreira com risco de deslizamento, localizada na Rua Naum, no Alto do Passarinho, Zona Norte do Recife.

A primeira inspeção ocorreu em 3 de setembro. O objetivo foi averiguar denúncias sobre desapropriações irregulares em imóveis na Avenida Doutor Dirceu Velloso Toscano de Brito e na 1ª Travessa Toscano de Brito. Moradores dessas áreas relataram estarem sendo pressionados a desocupar suas casas por meio de ameaças e que as indenizações oferecidas pela Prefeitura seriam muito abaixo do valor de mercado, resultando em prejuízos significativos para as famílias afetadas.

Durante as vistorias, foram constatadas diversas situações preocupantes, incluindo demolições parciais de imóveis após as desapropriações, sem a remoção adequada dos entulhos gerados. As inspeções revelaram que a permanência desses resíduos tem comprometido a segurança e a limpeza nas áreas, além de favorecer a proliferação de roedores e insetos, representando riscos sérios à saúde pública das comunidades vizinhas.

Diante das possíveis irregularidades, foi instaurado, no dia 9 de setembro, o Inquérito Civil nº 55.2024 (SIM nº 02008.000.284/2024), com o propósito de investigar as desapropriações nas áreas da ZEIS. “O inquérito busca esclarecer as denúncias e garantir que os direitos dos moradores sejam respeitados, especialmente em relação à segurança, à saúde pública e à justa compensação financeira pelos imóveis desapropriados”, afirmou a Promotora de Justiça Fernanda Henriques da Nóbrega.

A Prefeitura do Recife ainda não se pronunciou sobre as acusações. A investigação segue em curso. 

Vistoria áreas no Recife em setembro

Já no dia 10 de setembro, foi realizada inspeção em barreira com risco de deslizamento, localizada na Rua Naum, no Alto do Passarinho, Zona Norte do Recife. A visita contou com a presença de representantes da Secretaria Executiva de Defesa Civil (SEDEC) Regional Nordeste e de um engenheiro da Autarquia de Urbanização do Recife (URB). A inspeção averiguou as condições das casas localizadas próximas à barreira e tirou dúvidas da comunidade, que tem manifestado preocupação com a situação.

Essa inspeção é parte das investigações do Inquérito Civil nº 65.2023 (SIM nº 02019.000.742/2022), instaurado em 5 de julho de 2023, com o intuito de apurar os riscos de deslizamento da barreira na Rua Naum. Durante a vistoria, os técnicos avaliaram as possíveis consequências caso ocorra o desabamento, destacando a vulnerabilidade das moradias e a urgência de medidas preventivas para proteger os moradores.
Após a inspeção, foram emitidas novas deliberações direcionadas à Prefeitura do Recife, com o intuito de acelerar a adoção de medidas de segurança e mitigação do risco.

“É de grande importância que haja ações rápidas e eficazes para prevenir acidentes, especialmente durante o período chuvoso, e assegura que continuará acompanhando de perto o desenvolvimento das medidas adotadas pela Prefeitura para minimizar os riscos à comunidade. São também necessárias as denúncias da população para tomarmos ciência dos riscos e seguirmos com atenção às violações aos direitos dos cidadãos nas áreas afetadas”, destacou a Promotora Fernanda Henriques da Nóbrega.
 

Roberto Lyra - Edifício Sede / Ministério Público de Pernambuco

R. Imperador Dom Pedro II, 473 - Santo Antônio CEP 50.010-240 - Recife / PE

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