Capacitação: MPPE promove curso de aprofundamento em conciliação e mediação de conflitos

16/03/2023 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) promoveu, na última segunda-feira (13), a abertura do curso de aprofundamento em Conciliação e Mediação de Conflitos para os membros e servidores da instituição. O curso faz parte do plano de capacitação promovido pelo Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (Nupia) em parceria com a Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP).

“O estudo de ferramentas autocompositivas está na essência da democracia: dar voz e possibilidades para que as pessoas interessadas encontrem a melhor solução para os conflitos. É importante, então, proporcionar os meios pedagógicos para a compreensão de tais técnicas, por parte de integrantes do MPPE, e o desenvolvimento de uma visão dos conflitos que não os coloque, necessariamente, como algo ruim, mas como fonte de amadurecimento e autonomia, tanto individual quanto coletiva. A ESMP e o Nupia convergiram esforços para que isso acontecesse. Acredito que o curso será proveitoso para as pessoas que dele participam”, afirmou o Promotor de Justiça e Diretor da ESMP, Frederico Oliveira.

“Além de atender as demandas das Promotorias de Justiça, buscando dar suporte para a realização das práticas autocompositivas, o Nupia em parceria com a ESMP vêm promovendo cursos de capacitação dos integrantes do MPPE, visando ampliar o conhecimento dos métodos consensuais de solução de conflitos. Nessa perspectiva, será dado enfoque na mediação, mas também serão destacadas as principais diferenças entre as diversas práticas  de autocomposição, possibilitando que o integrante do MPPE sinta-se mais seguro para identificar qual o método mais adequado para tratar um determinado conflito”, ressaltou Nelma Quaiotti, Procuradora de Justiça e Coordenadora do Nupia.

O curso de modalidade remota tem duração de 40 horas, que serão ministradas através de estudo de métodos de conciliação e mediação de conflitos, análise de simulações e discussões de casos, além das dinâmicas de interação, a fim de aprofundar os estudos das ferramentas autocompositivas. 

Durante as atividades iniciais, foi ressaltada a importância dos métodos de mediação e conciliação como ferramentas de resolução de conflitos da sociedade."As práticas de conciliação podem ser decisivas na transformação social", ressaltou Paulo Moraletti,  Psicólogo e Professor do curso.
 

Curso de Aprofundamento em Mediação e Conciliação de conflitos (Plano de Capacitação NUPIA)

Últimas Notícias


AFOGADOS DA INGAZEIRA
MPPE atua para coibir excessos sonoros no município

 

07/02/2025 - Com o objetivo de garantir o direito ao sossego dos moradores de Afogados da Ingazeira, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 2ª Promotoria de Justiça local, recomendou aos proprietários de bares e estabelecimentos, Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e Secretaria de Meio Ambiente do Município que cada um, em sua atribuição, evite a poluição sonora.

A recomendação orientou aos proprietários que exerçam as suas atividades de acordo com a regulamentação legal, evitando poluição sonora ou perturbação ao trabalho e ao sossego alheio. Foi solicitado que sejam afixados cartazes, nos estabelecimentos, esclarecendo que a utilização abusiva de sinais acústicos pode configurar o crime previsto no artigo 54 da Lei nº 9.605/98 ou a contravenção penal prevista no artigo 42 do Decreto-Lei nº 3.688/1941.

Caso for verificado o uso abusivo de aparelhos de som instalados em veículos automotores, devem identificar o responsável, solicitando-lhe que desligue o aparelho. Em caso de recusa do responsável pelo som, devem comunicar o fato à Polícia Militar, a fim de serem adotadas as providências cabíveis.

À PMPE, o MPPE recomendou que seja realizada fiscalização periódica em todos os pontos da cidade, a fim de coibir o uso abusivo de sinais sonoros por qualquer pessoa natural ou jurídica. A PMPE deve conduzir o responsável por perturbação sonora à Delegacia de Polícia Civil e aplicar as penalidades devidas conforme o caso, fazendo o mesmo em relação ao proprietário, gerente ou responsável pelo estabelecimento, que não tenha adotado as providências cabíveis ou cujo estabelecimento esteja praticando a ação delituosa.

Por sua vez, a Prefeitura deve atender prontamente às solicitações das Polícias Civil e Militar, dos comerciantes e da população em geral. Para isso, deve deslocar agentes de fiscalização aos locais denunciados, realizar aferição da potência e da frequência de equipamentos de som usados com decibelímetro, lavrando o competente auto de infração e encaminhando cópia a 2ª Promotoria de Justiça Afogados da Ingazeira, no prazo máximo de cinco dias.

A íntegra da recomendação, de autoria da Promotora de Justiça Daliana Monique Souza Viana, pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE, edição de 3 de fevereiro de 2025. 
 

OURICURI
MPPE cobra a atualização constante de dados sobre unidades de saúde no sistema DataSUS
Fotografia de pessoas sentadas de microcomputador digitando
Gestão municipal precisa informar no CNES os dados de todos os profissionais em exercício nas unidades de saúde localizadas em Ouricuri

 

07/02/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu uma recomendação ao prefeito e à Secretaria Municipal de Saúde de Ouricuri com o intuito de assegurar a atualização das informações referentes ao município no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/DataSUS), sistema do Ministério da Saúde.

Por meio da recomendação, o Promotor de Justiça Manoel Dias da Purificação Neto estabeleceu um prazo de 30 dias para que a gestão municipal informe no CNES os dados de todos os profissionais em exercício nas unidades de saúde localizadas em Ouricuri. A administração municipal também deverá adotar medidas para garantir a atualização periódica e sistemática das informações, com base nas regras previstas na Portaria nº 1.646/2015 do Ministério da Saúde.

"A atualização dos dados no sistema CNES/DataSUS garante transparência, controle e a adequada prestação dos serviços de saúde à população", ressalta o Promotor de Justiça no texto da recomendação.

Além da providência geral, o MPPE solicitou que a gestão municipal apresente, em 10 dias, informações detalhadas sobre os profissionais lotados na Unidade de Saúde da Família Nossa Senhora de Fátima II, incluindo cargos, vínculos contratuais e remunerações.

Por fim, o MPPE também requisitou que os gestores públicos orientem os responsáveis pelas unidades de saúde sobre a necessidade de manter os dados atualizados no sistema CNES, sob pena de responsabilização administrativa e legal pelo descumprimento.

A Prefeitura de Ouricuri deve remeter um relatório circunstanciado das providências adotadas para dar cumprimento à recomendação ministerial em até 40 dias.
A recomendação foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE da quarta-feira (5).
 

RESSOCIALIZAÇÃO
MPPE recebe instituto de pesquisa que vai promover estudo sobre egressos do sistema prisional
Fotografia de mesa de reunião com os participantes em volta
Instituto Igarapé reforçou a importância do MPPE junto à instituição e à pesquisa

 

06/02/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebeu o Instituto Igarapé, no dia 28 de janeiro, na Sede das Promotorias da Capital, no bairro de Santo Amaro. A reunião teve como objetivo apresentar as diretrizes gerais da atuação do Instituto no programa estadual Juntos Pela Segurança, bem como definir o alinhamento estratégico para a atuação do Instituto junto ao Ministério Público.

Participaram do encontro o Coordenador do Grupo de Atuação Especial da Execução Penal e coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Defesa Social, Promotor de Justiça Francisco Ortêncio de Carvalho; os coordenadores do CAO Criminal, Antonio Arroxelas; do CAO Infância e Juventude, Aline Arroxelas; do CAO Educação, Isabela Bandeira; o assessor técnico da Procuradoria-Geral de Justiça, Promotor de Justiça Helder Limeira; e o Corregedor-auxiliar do MPPE, Promotor de Justiça Francisco Edilson de Sá Júnior. No encontro, o Instituto Igarapé apresentou seus eixos de atuação e como planeja contribuir junto à política de segurança do estado.

Nesse primeiro momento, a entidade deverá desenvolver pesquisa sobre os egressos do sistema penitenciário pernambucano, visando entender quais os condicionantes que contribuem para a sua reincidência delitiva e retorno ao sistema prisional ou para sua ressocialização na comunidade, bem como identificar dados sobre a participação no mercado de trabalho e a conclusão do ensino básico por essas pessoas.

“Uma vez cumprida a pena, é preciso que a pessoa seja reinserida na sociedade. E como se dá essa reinserção e seu mapeamento? É isso que o Instituto irá responder. Para isso, os pesquisadores farão o estabelecimento de uma linha de pesquisa, cujos parâmetros e indicadores estão sendo construídos. Dessa forma, o Instituto Igarapé tem o papel de buscar uma metodologia, no primeiro momento, quantitativa e, no segundo momento, qualitativa para entender o fenômeno e, na sequência, trazer as respostas”, ressaltou Francisco Ortêncio.

A coordenadora do CAO Infância e Juventude, Promotora de Justiça Aline Arroxelas, também ressaltou a importância de a pesquisa ter atenção às características do sistema socioeducativo, uma vez que muitos adolescentes que passaram por esse sistema, quando adultos, também terminam por cumprir medidas restritivas de liberdade no sistema prisional. 

Já a coordenadora do CAO Educação, Promotora de Justiça Isabela Bandeira, destacou o acesso ao ensino como um dos fatores primordiais para a ressocialização. 

Por fim, “o Instituto Igarapé reforçou a importância do MPPE junto à instituição e à pesquisa, já que o papel do Ministério Público é acompanhar como o Estado implementa sua política de segurança, a fim de verificar a eficácia dessas medidas”, concluiu Francisco Ortêncio.
 

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