CAO Consumidor e ESMP realizam seminário sobre os riscos da gripe aviária em Pernambuco
CAO Consumidor e ESMP realizam seminário sobre os riscos da gripe aviária em Pernambuco
15/06/2023 - Sensibilizar o setor produtivo e econômico da avicultura e os órgãos de fiscalização sobre os riscos da gripe aviária na economia e na saúde do consumidor de Pernambuco foram os objetivos de um seminário realizado ontem (14) pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor (CAO Consumidor), com apoio Escola Superior (ESMP). O evento aconteceu no auditório da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), no Recife.
“A palestra objetiva discutir os impactos da gripe aviária aqui no estado de Pernambuco, já que o estado é o maior produtor de frango do Nordeste. Então há uma preocupação muito grande por parte dos órgãos que trabalham na fiscalização e o MPPE ouve, nesse momento, a opinião de cada especialista sobre o tema. Abordamos a questão das condições de transporte dos animais e dos produtos, dos perigos da gripe aviária, sobretudo nos impactos à saúde do consumidor e à economia do estado, além de ouvirmos o setor produtivo durante o momento de debate”, analisou a coordenadora do CAO Consumidor, Promotora de Justiça Liliane Rocha.
Além dos integrantes do MPPE, como servidores e as coordenadoras dos CAOs Consumidor, Saúde e Meio Ambiente, estiveram presentes no encontro membros da Adagro; do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado; o presidente da Associação Avícola de Pernambuco (AVIPE), Giulliano Malta, e diretoria da Associação; Vigilâncias Sanitárias e Ambiental; Ministério da Agricultura e Pecuária; integrantes das Secretarias Estaduais de Saúde e Agricultura; do GT Abate; Procons; avicultores; estudantes; produtores; responsáveis técnicos pelas granjas e demais interessados no assunto.
No início do evento houve a formação da mesa, que foi composta pelos expositores, pela Subprocuradora-geral de Justiça em Assuntos Jurídicos, Norma Galvão, e pela coordenadora do CAO Consumidor, Liliane Rocha, que abriu os trabalhos ressaltando a importância do MPPE fomentar, junto às instituições fiscalizadoras e aos produtores, a discussão da temática no contexto do estado de Pernambuco.
Ao longo do seminário, os expositores discutiram acerca dos níveis de patogenicidade do vírus da influenza aviária, as ações dos órgãos de fiscalização na notificação dos possíveis casos e atendimento à solicitação dos produtores, além dos riscos da informalidade na produção e comercialização das criações avícolas. As responsabilidades sociais na cadeia produtiva e as ações integradas entre produtores, serviços de inspeção, do MPPE e outras instituições também foram pauta das palestras promovidas por especialistas.
Ao fim dos seminários, iniciou-se o momento de debate, mediado pelo Auditor Fiscal Federal Agropecuário Ronaldo Gil. Nesse momento, o público presente no auditório pôde tirar dúvidas a respeito das medidas sanitárias preventivas e de enfrentamento ao vírus influenza aviária, bem como propor e discutir soluções para mitigar as possíveis consequências da proliferação da zoonose no estado. Vale ressaltar que, segundo a Adagro, até o momento nenhum caso de gripe aviária foi registrado em Pernambuco.
Os seminários foram ministrados por Wanessa Noadya, Coordenadora Estadual do Programa de Sanidade Avícola (Adagro), Samy Bianchini, Gerente Estadual de Defesa Animal (Adagro), Ronaldo Gil, Auditor Fiscal Federal Agropecuário, Vânia Lúcia Santana (fiscal do MAPA), Rinaldo José Bezerra de Melo Filho (vice-presidente da AVIPE) e Glenda Holanda, Gerente Estadual de Inspeção Animal (ADAGRO).
Últimas Notícias
PMPE acata recomendação do MPPE para evitar uso inadequado de força no Grito dos Excluídos
06/09/2024 - Para assegurar o policiamento adequado da marcha “30º Grito dos Excluídos e Excluídas - 30 Anos de Resistência: Vida em primeiro lugar! Todas as vidas importam. Mas quem se importa?”, que ocorrerá no 7 de setembro de 2024 no centro do Recife, ou quaisquer outras manifestações alusivas sobre o Dia da Independência do Brasil, que ocorram na Capital, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu recomendação ao Comando da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) para que ordene a seus subordinados que atuem dentro dos princípios da legalidade, necessidade, razoabilidade e proporcionalidade na segurança do evento. A recomendação foi acatada pelo Comando da PMPE.
Assim, as tropas devem evitar excesso na utilização da força e o emprego inadequado de armas (letais e não letais), sob pena de ocorrer a devida responsabilidade administrativa, civil e criminal dos policiais militares envolvidos. É também necessário, segundo a recomendação, o uso adequado dos cadarços de identificação, em local visível no uniforme operacional e nos coletes balísticos.
Segundo o Promotor de Justiça Westei Conde y Martin Júnior, “a PMPE deve evitar a utilização de métodos que provoquem sofrimento desnecessário, não se tolerando o uso abusivo ou arbitrário da força e o emprego inadequado de armas e dos instrumentos menos letais ”.
O texto da recomendação acatada deve ser divulgado pelos canais de comunicação da PMPE. A íntegra do texto pode ser conferida no Diário Oficial Eletrônico de 2 de agosto de 2024.
Audiência do CNDH para avaliar impactos de parques eólicos e solares nas comunidades conta com participação do MPPE
06/09/2024 - Os Centros de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAO Meio Ambiente) e de Defesa da Cidadania (CAO Cidadania) representaram o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na audiência pública realizada pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), ocorrida no prédio da Defensoria Pública da União (DPU-PE), no Recife, onde se discutiu os resultados das visitas às comunidades afetadas pela instalação de parques eólicos e solares em Pernambuco e na Paraíba.
As visitas fizeram parte de uma missão, que durou de 29 de agosto a 2 de setembro, para dialogar e investigar denúncias de violações de direitos humanos nestas comunidades impactadas pelos empreendimentos de energias renováveis.
Em Pernambuco, a missão visitou o povo indígena Kapinawá, afetado por uma fazenda eólica no município de Buíque, assim como a comunidade de Sobradinho, em Caetés, que também é atingida por empreendimentos eólicos. Na Paraíba, as visitas foram na Usina Yayu para conferir o complexo solar local e nos Quilombos da Pitombeira e Talhado Santa Luzia, afetados por complexos híbridos de energia solar e eólica.
Além do MPPE, que foi representado pelos Promotores de Justiça Belize Câmara (coordenadora do CAO Meio Ambiente) e Fabiano Pessoa (coordenador do CAO Cidadania), a audiência contou com a presença de representantes das comunidades impactadas, autoridades governamentais e parlamentares.
"O CAO Meio Ambiente noticiou aos participantes da audiência que vem acompanhando de perto a temática das renováveis nas seguintes vertentes: junto ao município de Caetés, onde o MP instaurou um inquérito civil e determinou a realização de perícias para avaliação dos ruídos das turbinas eólicas; como um dos integrantes do GT do Governo de PE, criado para regulamentar o licenciamento ambiental dos empreendimentos de energia renovável, no qual ofertou contribuições por escrito; e, por fim, participando do Núcleo de Estudos Temáticos do CNMP, cujo principal objetivo é produzir material para subsidiar Promotores de Justiça de todo o Brasil acerca da fiscalização de tais empreendimentos", esclareceu Belize Câmara.
Já Fabiano Pessoa destacou que “o acompanhamento integrado da situação dos empreendimentos energéticos em Pernambuco, de modo a observar, para além da questão relativa aos danos ambientais produzidos e suas repercussões ao regular equilíbrio do ecossistema local e à saúde das pessoas, as implicações sociais que estes têm causado às comunidades dos territórios em que estão instalados”.
Segundo ele, as comunidades atingidas por estes empreendimentos têm buscado o Ministério Público para denunciar situações surgidas ao longo do tempo, como desdobramentos da instalação das referidas usinas e que têm causado consideráveis consequências à manutenção do modo de vida e à subsistência destes povoamentos.
“Os estudos e acompanhamentos realizados pelo MP, a partir das demandas recebidas, têm revelado uma série de situações não originalmente previstas, o que implica em graves impactos ao modo de vida tradicionalmente estabelecido por estas comunidades, inclusive atingido povoamentos quilombolas e indígenas, especialmente no que diz respeito aos meios de subsistência por elas histórico e culturalmente fixados, ligados a atividades relacionadas à terra, à agricultura e à criação de animais. Referidas atividades têm sido fortemente impactadas em alguns dos arranjos estabelecidos para a exploração destes parques energéticos. E isso, enquanto questão de grande relevância social, precisa ser considerado”, frisou Fabiano Pessoa.
Além disso, a constatação da inviabilidade de manutenção de parte destas comunidades nos territórios em que tradicionalmente se encontravam tem trazido a público questões relevantes quanto aos instrumentos contratuais fixados entre os responsáveis pelos empreendimentos e os moradores das comunidades. “A análise das situações enfrentadas pelas populações atingidas e as demandas por elas levantadas têm colocado em foco a questão do equilíbrio dos contratos fixados em face das novas e não previstas consequências advindas dos empreendimentos e exigido uma especial atenção por parte Ministério Público. Trata-se de demanda de caráter coletivo da qual se tem como parte conjunto socialmente vulnerabilizado, o que destaca o interesse social do problema diante dos impactos sociais de grande monta para as comunidades em questão”, enfatizou o coordenador do CAO Cidadania.
DENÚNCIAS - Em 2021, várias organizações e movimentos sociais, universidades e representantes políticos encaminharam denúncias aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, à Defensoria Pública da União e às Defensorias Públicas Estaduais de Pernambuco e Paraíba, alertando para os graves impactos e violações dos direitos devido aos empreendimentos que visam a transição energética.
COMPOSIÇÃO - A comitiva do CNDH é composta pela presidenta do Conselho, Marina Dermmam, do Instituto Cultivar; e dos conselheiros André Carneiro Leão, da Defensoria Pública da União (DPU); e Edna Jatobá, do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop); além da relatora especial Verônica Gonçalves (UnB). Além disso, a missão conta com a participação de várias entidades, entre elas, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Brasileira NE2 (CBNE2), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
A missão do CNDH já ocorreu também nas regiões Sul, Norte, Sudeste e, agora, no Nordeste, encerrando neste mês de setembro no Centro-Oeste, no Mato Grosso.
MPPE recomenda a criação do Conselho de Direitos e do Fundo Municipal da Pessoa Idosa
06/09/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça de Santa Maria da Boa Vista, recomendou ao Poder Executivo do município a criação do Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa, bem como o envio à Câmara de Vereadores de projeto de lei para instituir o Fundo Municipal da Pessoa Idosa (Lei Estadual nº 15.446/2014) no município.
Se já existir o Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa, com legislação de acordo com a Lei Estadual nº 15.446/2014, então o prefeito deve apenas enviar o projeto de lei à respectiva Câmara de Vereadores para instituir o Fundo Municipal da Pessoa Idosa, que deverá ser incluído em pauta para deliberação e votação.
Por fim, a Prefeitura deve informar à Promotoria sobre as medidas adotadas e o acatamento ou não da recomendação, de autoria da Promotora de Justiça Juliana Falcão de Mesquita Abreu Martinez, que foi publicada na íntegra no Diário Oficial Eletrônico do dia 22 de agosto de 2024.
Roberto Lyra - Edifício Sede / Ministério Público de Pernambuco
R. Imperador Dom Pedro II, 473 - Santo Antônio CEP 50.010-240 - Recife / PE
CNPJ: 24.417.065/0001-03 / Telefone: (81) 3182-7000