Cabo de Santo Agostinho: MPPE cobra melhorias na gestão dos veículos oficiais da Câmara de Vereadores
Cabo de Santo Agostinho: MPPE cobra melhorias na gestão dos veículos oficiais da Câmara de Vereadores
24/10/2022 -* Com o intuito de incrementar os mecanismos de controle social e transparência do uso dos veículos oficiais da Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao presidente da casa, vereador Ricardo Carneiro da Silva, que adote uma série de providências. O chefe do Poder Legislativo tem um prazo de dez dias para informar se acata ou não as medidas recomendadas.
Segundo a promotora de Justiça Alice Morais, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania (Patrimônio Público), um inquérito civil foi instaurado em razão da existência de notícias sobre a utilização inadequada dos veículos oficiais.
"Esses veículos são bens de uso público especial, sendo destinados à realização de atividades de Estado. É dever de todo gestor agir com probidade e transparência na administração do patrimônio público, bem como permitir o amplo controle social e institucional de seus atos", apontou a promotora de Justiça, no texto da recomendação.
A primeira medida recomendada pelo MPPE é a adesivação de todos os veículos à disposição da Câmara de Vereadores. Os adesivos devem ter uma identidade visual padrão em tamanho razoável nas laterais e traseira, a fim de permitir ao público reconhecer a que órgãos pertencem os veículos.
Além disso, a promotora de Justiça Alice Morais recomendou que seja implantado sistema de GPS em todos os veículos, a fim de controlar os deslocamentos. Como alternativa, até a instalação desse sistema, a Câmara deve adotar um sistema de controle da quilometragem, com registro individualizado dos carros e dos motoristas responsáveis por eles. Os registros de quilometragens devem ser preenchidos mensalmente por meio de tabelas que, se possível, devem ser publicadas no Portal da Transparência do Legislativo municipal.
Outra providência recomendada pelo MPPE é a guarda dos veículos oficiais em locais próprios da Câmara de Vereadores durante os fins de semana e feriados, com exceção apenas para os casos de serviços excepcionais devidamente justificados.
Essas situações devem ser comunicadas à presidência, com o registro dos veículos e responsáveis, bem como a justificativa da sua utilização fora dos dias normais de expediente legislativo.
Por fim, no caso dos veículos oficiais cedidos aos vereadores, deverá ser criado um método de controle para registrar os dados do veículo e seu responsável. A recomendação foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE da quinta-feira (20).
Imagem acessível: foto mostra um estacionamento, com uma fileira e vagas demarcadas por linhas amarelas no chão. Todas estão ocupadas por veículos, cujas traseiras aparecem no lado direito da foto.
Últimas Notícias
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.
O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.
De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.
Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.
No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.
O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade.
O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.
Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.
O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.
“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.
Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular.
Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa.
A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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