Projeto Griô fecha ciclo 2023-2024 com espetáculos de estudantes
Projeto Griô fecha ciclo 2023-2024 com espetáculos de estudantes
06/12/2024 - Após circular por escolas estaduais da Região Metropolitana do Recife e das regiões do interior pernambucano, o “Projeto Griô - Falando da história do Brasil e da África nas escolas”, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), teve seu evento de culminância do primeiro módulo na quinta-feira (5), na Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães (Etepam), na Encruzilhada, Recife.
A última apresentação do ciclo 2023-2024 contou com espetáculos feitos por crianças e adolescentes de escolas de várias Gerências Regionais de Educação (GREs), que abordaram de maneira artística com dança, música e dramatização temas referentes à cultura negra como herança africana, história da escravidão e pós-escravidão, ancestralidade, etc, focando em mensagens como liberdade, racismo, resistência e autoestima.
Foram encenadas danças como coco, maculelê e até um musical com momentos da vida de Chica da Silva, uma mulher escravizada no século 18, posteriormente alforriada, que viveu no Arraial do Tijuco, posteriormente Diamantina, em Minas Gerais, que se tornou rica e importante na comunidade, ficando famosa historicamente e sendo tema de diversas obras da dramaturgia nacional.
Segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional em Defesa da Educação (CAO Educação), Promotora de Justiça Isabela Bandeira, o Griô atingiu 500 escolas da rede estadual de ensino e levou conscientização sobre a necessidade de combater o racismo através da arte e do pensamento crítico. “É muito importante desenvolver essa iniciativa na escola, que precisa ser uma instituição plural e democrática, livre de qualquer forma de preconceito”, comentou ela.
Ao fim das apresentações de quinta-feira, algumas GREs receberam certificado de adesão ao projeto, sendo parabenizados professores e estudantes que participaram. Isabela Bandeira também frisou que o Griô continuará em 2025, inclusive com perspectiva de ocorrer em escolas municipais.
Para a Promotora de Justiça e integrante do GT Racismo do MPPE, Irene Cardoso, o Griô traz reflexões importantes e discute com arte, beleza e seriedade os diversos vieses do racismo na sociedade. “Temos o envolvimento de estudantes entendendo e percebendo como o racismo repercute em suas vidas ao terem a questão racial desenvolvida na sala de aula e em atividades escolares”, avaliou ela.
CICLO - O Projeto Griô foi iniciado em dezembro de 2023 usando a combinação de música, dança e encenação teatral para valorizar o debate nas comunidades escolares sobre as raízes históricas do racismo e seu impacto contínuo na vida das pessoas negras.
O projeto enfatiza que não basta apenas ensinar a história africana de forma acadêmica, mas também é necessário promover uma cultura antirracista.
Atualmente, seis GREs estão na fase de monitoramento do projeto, que vai além de apresentações artísticas. Elas encaminharam ao Ministério Público dados referentes ao curso de letramento racial, material didático, inclusão dos conteúdos no Plano Político Pedagógico e quais as práticas acontecerão em cada uma das escolas.
Confira a matéria na TV MPPE:
Últimas Notícias
Promotorias Cíveis e Criminais da Capital discutem com a Procuradoria-Geral melhorias para o funcionamento dos serviços
08/08/2025 - Rotina de trabalho nas Promotorias e Tribunal do Júri, colaboração de bolsistas do programa de Residência Jurídica, uso de novas ferramentas digitais, medidas estruturais de reorganização de serviços e progressão na carreira foram alguns dos temas tratados na abertura da temporada 2025 da Agenda Compartilhada do Ministério Público de Pernambuco, na última quinta-feira (7). O modelo descentralizado de gestão, no qual o Procurador-Geral de Justiça e equipe visitam setores do MPPE para ouvir demandas e sugestões dos membros, teve seu primeiro encontro do ano no Recife, com as Promotoras e Promotores Cíveis e Criminais da capital.
“A Agenda Compartilhada é uma oportunidade para prestar contas do que estamos desenvolvendo à frente do MPPE e dialogar com os colegas, escutando suas demandas e franqueando a todos as informações solicitadas. Descentralizar a gestão, indo a cada unidade e conhecendo as especificidades de trabalho, fortalece, nos membros, o sentimento de pertencimento à instituição e, ao mesmo tempo, confere ao planejamento das atividades maior agilidade e efetividade para um atendimento qualificado para a melhoria de vida”, comentou o Procurador-Geral de Justiça, José Paulo Xavier. Ele avaliou positivamente a primeira das 21 reuniões programadas da Agenda.
Durante o encontro, o PGJ fez um balanço das primeiras ações realizadas no MPPE desde a sua posse em janeiro deste ano. E anunciou outras medidas em andamento. Para os coordenadores das Promotorias Criminais e Cíveis das Capital, respectivamente Promotora Vivianne Freitas, e Promotor José Augusto dos Santos Neto, as reuniões descentralizadas conferem uma aproximação da PGJ com os Promotores que estão na ponta do atendimento à sociedade.
A próxima reunião da Agenda Compartilhada será terça-feira (12 de agosto), em Jaboatão dos Guarapes, no Grande Recife, com as equipes da 13ª Circunscrição do MPPE, e na próxima sexta (15), em Limoeiro, no Agreste, com os membros da 11ª Circunscrição.
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Atendimento do MPPE funcionará em regime de plantão
08/08/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) funcionará em regime de plantão na próxima segunda-feira, 11 de agosto, em razão do Dia dos Cursos Jurídicos, conforme Portaria PGJ nº POR-PGJ nº 3.190/2024. Dessa forma, os atendimentos serão realizados remotamente por e-mail e as demandas urgentes devem ser encaminhadas ao Promotor de Justiça plantonista, que atua das 13h às 17h, nos termos da Resolução RES-CPJ nº006/2017.
Segue abaixo como contatar cada uma das Circunscrições e as unidades do MPPE na Capital.
Capital: plantaocapital@mppe.mp.br
Salgueiro: plantao1a@mppe.mp.br
Petrolina: custodia2circunscricao@mppe.mp.br
Afogados da Ingazeira: plantao3a@mppe.mp.br
Arcoverde: plantao4a@mppe.mp.br
Garanhuns: plantao5a@mppe.mp.br
Caruaru: plantao6a@mppe.mp.br
Palmares: plantao7a@mppe.mp.br
Cabo de Santo Agostinho: plantao8a@mppe.mp.br
Olinda: cpfd.olinda@mppe.mp.br
Nazaré da Mata: plantao10a@mppe.mp.br
Limoeiro: plantao11a@mppe.mp.br
Vitória de Santo Antão: plantao12a@mppe.mp.br
Jaboatão dos Guararapes: plantao13a@mppe.mp.br
Serra Talhada: plantao14a@mppe.mp.br
OUVIDORIA - O cidadão também pode entrar em contato com o MPPE, para registrar denúncias, reclamações, sugestões, críticas e elogios, através da Ouvidoria, no site do MPPE, por meio do formulário https://bit.ly/ouvidoriamppe-manifestacao, e pelo assistente virtual Audivia: no site do MPPE ou pelo messenger do Facebook da Ouvidoria do MPPE. <https://www.facebook.com/ouvidoriamppe>
MPPE recomenda que Prefeitura altere lei sobre rateio do Fundef para garantir isonomia
08/08/2025 - A Prefeitura de Ouricuri, no Sertão do Araripe, recebeu uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para alterar a Lei Municipal n.º 1.541/2022, que trata do rateio dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A recomendação, assinada pelo Promotor de Justiça Manoel Dias da Purificação Neto, aponta que a lei municipal contraria o princípio da isonomia e a legislação federal ao destinar percentuais diferentes para professores efetivos e temporários.
Atualmente, a lei municipal estabelece que 80% do valor dos precatórios seja destinado aos servidores efetivos, enquanto apenas 20% seriam distribuídos aos temporários. Segundo o MPPE, essa diferenciação é ilegal, pois a legislação federal — especificamente a Lei n.º 14.113/2020 e a Lei n.º 14.325/2022 — não faz distinção entre os vínculos empregatícios para o recebimento dos recursos. O único critério exigido é o efetivo exercício das funções na rede pública durante o período de repasses a menor do Fundef, que em Ouricuri ocorreu entre 2000 e 2006.
A recomendação baseia-se na jurisprudência e nas orientações do próprio Fundo, que reforçam a necessidade de que a gratificação seja distribuída de forma equitativa. O Promotor de Justiça destaca que a distribuição dos valores deve ser proporcional à jornada de trabalho e aos meses de exercício de cada profissional, independentemente de seu vínculo.
O documento solicita que a Prefeitura de Ouricuri adote providências imediatas e dê a devida publicidade à recomendação, alertando que o não cumprimento poderá levar à adoção de medidas legais por parte do Ministério Público para garantir o direito dos profissionais.

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