Petrolina recebe PGJ para encontro do Agenda Compartilhada

31/03/2023 - Membros e servidores da 2ª Circunscrição Ministerial receberam a visita do Procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e sua equipe na quinta-feira (30), em Petrolina, para o encontro da Agenda Compartilhada, no qual a Procuradoria-Geral de Justiça se reúne com membros e servidores para debaterem atuações e ideias, promovendo os debates presenciais e o entendimento das demandas específicas de cada uma das 14 Circunscrições e Capital, gerando o fortalecimento do diálogo interno no MPPE.  

Na conversa em Petrolina, o Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, ouviu as propostas e dificuldades de Promotoras e Promotores de Justiça que atuam na região, tanto internos quanto externos. "A intenção da Agenda Compartilhada é justamente sair do Gabinete e entender as peculiaridades e prioridades de cada região, construindo as soluções de maneira coletiva, trazendo os integrantes do MPPE, tanto membros quanto servidores e estagiários, para discutir conosco os projetos institucionais", afirmou o Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho. "Nossa gestão investe na escuta ativa e buscará soluções que satisfaçam. As demandas que nos são apresentadas serão analisadas e ponderadas por nossa equipe", complementou ele.  

"É uma atitude excelente a Procuradoria-Geral se deslocar até as Circunscrições para nos ouvir e, juntos, elaborarmos os projetos de interesse público, tornando o MPPE mais efetivo em sua missão de ajudar a sociedade", avaliou a Promotora de Justiça, Rosane Moreira Cavalcanti, Coordenadora da sede de Petrolina.    

Durante o encontro, a Procuradoria-Geral de Justiça apresentou seu enfoque de trabalho no combate à insegurança alimentar, discutindo os efeitos da fome nas mais diversas áreas de atuação ministerial.     

Além do debate com a gestão, membros, assessores, servidores e estagiários assistiram a palestras temáticas alinhadas ao Planejamento Estratégico institucional, com o apoio da Escola Superior do MPPE, do Núcleo de Articulação Interna (NAI) e dos Centros de Apoio Operacional (CAOs).  

O tema que abriu as apresentações foi "Alimentação escolar como instrumento de combate à fome". O papel fiscalizatório do Ministério Público", com a palestra da Coordenadora do CAO Educação, Isabela Carneiro Leão. Ela explanou sobre como a escola é um importante ambiente para o combate à insegurança alimentar. "A atenção à qualidade nutricional dos alimentos servidos na escola é primordial para que crianças e adolescentes se desenvolvam saudáveis e com capacidade de aprendizado. O cardápio balanceado em nutrientes oferecido aos estudantes é primordial", comentou ela. "Assim, ao Ministério Público cabe acompanhar o Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), fiscalizando e cobrando o bom uso dos recursos enviados pelo Governo Federal aos municípios, com ênfase no apoio à agricultura familiar, que precisa ser uma fornecedora de produtos importante no processo", explicou.    

Segundo ela, o MP deve cobrar a instalação e estruturação de um Conselho de Alimentação Escolar (CAE) em cada município, para que a garantia de uma boa alimentação seja maior nas escolas. Isabela Carneiro Leão ainda apresentou e colocou à disposição modelos de Procedimentos Administrativos que podem ser usados na atuação dos membros.    

Na segunda palestra do dia, o Promotor de Justiça Criminal Alfredo Martins Neto trouxe sua experiência quanto ao cenário de dificuldades que passam os policiais em Pernambuco e como o MP pode atuar para denunciar os excessos de força e ajudar o serviço policial a se aprimorar.  

"Como membros do MPPE, temos que visitar delegacias de polícia, quartéis, chegar próximo aos comandos para conhecer realidades, cobrar reciclagem de treinamento, melhores capacitações, acompanhar as políticas de segurança pública, investimentos em tecnologia e pessoal, e, assim, dar legitimidade à nossa função", discorreu ele. "Nosso papel é ter posição pró-ativa enquanto agentes políticos, buscando soluções efetivas para a segurança pública, assim como o de fiscalizar irregularidades", destacou Alfredo Martins Neto.  

Agenda Compartilhada em Petrolina

Entregas - O Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, durante o encontro em Petrolina, entregou a cada membro da Circunscrição um novo notebook. A primeira entrega dos equipamentos ocorreu na Sede de Promotorias de Justiça de Palmares, durante o evento inicial da Agenda Compartilhada, no último dia 14. Os notebooks que se encontram atualmente em poder dos membros serão repassados aos assessores que os auxiliam e os hoje utilizados pelos assessores deverão ser devolvidos à Coordenadoria Ministerial de Tecnologia da Informação (CMTI) para formatação e análise de nova destinação, inclusive reaproveitamento na área meio.  

Ao todo, este ano, serão 441 novos notebooks entregues a todos os Promotores e Procuradores de Justiça do MPPE. O cronograma de entrega obedecerá o fluxo já definido pela CMTI e pelo Departamento de Patrimônio do MPPE. Cada sede de circunscrição ministerial será comunicada previamente para os ajustes administrativos para a entrega, transferência e devolução dos equipamentos.  

Além dos notebooks, a Sede de Promotorias de Justiça de Petrolina recebeu novo automóvel para uso nos serviços administrativos do GAP Regional de Petrolina.

Confira o cronograma da Agenda Compartilhada 2023:     

Nazaré da Mata – 26/04/2023     

Limoeiro – 27/04/2023     

Vitória de Santo Antão – 04/05/2023     

Arcoverde – 06/06/2023     

Afogados da Ingazeira – 07/06/2023     

Garanhuns – 27/07/2023     

Serra Talhada – 30/08/2023     

Salgueiro – 31/08/2023     

Caruaru – 21/09/2023     

Olinda – 28/09/2023     

Cabo de Santo Agostinho – 19/10/2023     

Jaboatão dos Guararapes – 26/10/2023     

Sede das Promotorias de Justiça Cíveis da Capital, Edf. Alfred Nobel – 16/11/2023     

Sede das Promotorias de Justiça de Cidadania da Capital e Central de Inquéritos da Capital, Edf. Paulo Cavalcanti, Av. Visconde de Suassuna – 23/11/2023  

 Sede das Promotorias da Infância e Juventude da Capital, Fernandes Vieira – 30/11/2023

Confira também, registro feito pela TV MPPE

 

 

Últimas Notícias


ITAMARACÁ
MPPE obtém decisão judicial para garantir fornecimento de Canabidiol a criança com TEA
Imagem com laço colorido, símbolo do autismo

 

25/04/2024 - A Vara Única da Comarca de Itamaracá acatou pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e deferiu tutela de urgência para determinar ao Município da Ilha de Itamaracá e ao Estado de Pernambuco que assegurem o custeio de tratamento de saúde a uma criança moradora da Ilha, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA); Retardo Mental Moderado, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); e Transtorno Opositor Desafiador (TOD), 

Conforme a decisão, deverá ser disponibilizado o tratamento pleiteado, que inclui a concessão do fármaco Canabidiol CBD Prati Donaduzzi de 50 mg/ml, na dosagem de 1ml, 2X/dia, de forma contínua, para o tratamento do comportamento agressivo da criança.

“A Neuropediatra que acompanha a criança há anos, após exames clínicos concluiu que ela tem tido uma piora no comportamento, e que mesmo tomando as medicações das quais faz uso diariamente, o quadro agressivo da infante tem aumentado, razão pela qual receitou o canabidiol”, explicou o Promotor de Justiça Gustavo Dias Kershaw, no texto na Ação Civil Pública.

“Compulsando os autos, constato que a prova documental trazida pela parte autora não deixa margem a qualquer dúvida quanto ao seu estado de saúde e a necessidade urgente da medicação indicada pelo médico que o assiste, a fim de que seja dado continuidade com o tratamento da doença”, pontuou o juiz de Direito José Romero Maciel de Aquino, na decisão judicial.

Será cobrado o pagamento de multa diária no valor de R$ 1 mil para o caso de descumprimento por parte da demandada.

ABREU E LIMA
MPPE promove audiência pública para discutir Educação Inclusiva nas escolas
Fotografia de participantes da reunião na mesa de honra
A audiência se fez necessária diante das muitas e constantes queixas de mães de alunos


 

25/04/2024 - A 3ª Promotoria de Justiça de Abreu e Lima promoveu, na última segunda-feira (22), uma audiência pública com o objetivo de discutir com a população, educadores, dirigentes de escolas, profissionais da área de saúde, especialistas em Educação e demais setores interessados propostas para a implantação de políticas públicas de inclusão, que possibilitem o atendimento especializado de crianças e adolescentes. A audiência ocorreu no auditório da Escola José Francisco Barros (Avenida Duque de Caxias nº 516) , no Centro do município.

De acordo com a Promotora de Justiça de Abreu e Lima, Liliane Asfora, a audiência se fez necessária diante das muitas e constantes queixas de mães de alunos de que o município não atende as demandas dos estudantes da rede pública de ensino que necessitam de atendimento qualificado. Atualmente, Abreu e Lima conta com quase 700 estudantes com algum tipo ou grau de deficiência, sem receber a assistência especializada devida. 

"Precisamos fomentar a atuação do poder público para fazer com que essas pessoas tenham os seus direitos plenamente assegurados. Iniciamos um ciclo de inspeções nas escolas de Abreu e Lima, o que, associado às frequentes demandas que nos têm chegado individualmente, nos permitiu observar que há muito o que se avançar na área da educação inclusiva em nossa cidade, tanto nas escolas públicas quanto nas privadas. Sabemos que os desafios existem, mas é preciso sair desse lugar comum, tratar o tema com a prioridade que ele merece e avançar", afirmou a Promotora de Justiça Liliane Asfora. 

O dirigente do Núcleo de Assistência Juntos pela Inclusão e representante dos pais de alunos, Amós Cardoso, apresentou parte do resultado de uma pesquisa realizada recentemente pela instituição que constatou que 62% das escolas municipais de Abreu e Lima não contam com professores AEE (Atendimento Educacional Especializado), 53% das unidades não oferecem atendimento escolar especializado e 32% não dispõem de atendimento terapêutico, além da falta de professores de libras e braile, e até a existência de salas de AEE sem acessibilidade. 

"As queixas chegam ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e imediatamente solicitamos providências ao município. Na maior parte das vezes,  a demanda é resolvida, ainda que não o seja de forma definitiva. Percebemos que é imprescindível para que haja um avanço efetivo que o tema seja tratado sob o aspecto macro, pois sem que sejam desenvolvidas políticas públicas  de qualidade, esse público continuará tendo seus direitos violados. Assim, precisamos esmiuçar o que a Secretaria de Educação de Abreu e Lima tem feito e o que será feito para assegurar  essas políticas públicas efetivamente inclusivas. Não basta apenas que as crianças e adolescentes tenham acesso à escola. É preciso muito mais, como equipamentos, alimentação diferenciada, atendimento assistencial e psicológico e professores capacitados para lidar com esse público que apresenta algum tipo ou grau de deficiência", completou a Promotora de Justiça Liliane Asfora. 

NOVA ETAPA - Depois de coletar informações mais detalhadas da situação no município, agora a 3ª Promotoria de Justiça de Abreu e Lima irá realizar algumas inspeções ainda pendentes e, de posse do relatório dessas vistorias, bem como do que foi colhido na audiência pública da última segunda-feira (22), será designada uma audiência com o prefeito do município para apresentar suas propostas e tentar avançar nessa pauta.
 

Audiência pública discute políticas de educação inclusiva nas escolas

CARUARU
MPPE promove momento de encontro com povos tradicionais
Participantes da reunião posam em pé para foto
Agentes públicos de Caruaru estão em fase inicial de desenvolvimento de políticas públicas referentes aos povos tradicionais

 

25/04/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebeu, na terça-feira (23), um público superior a 90 pessoas na primeira edição do Encontro dos Povos Tradicionais de Caruaru: Fortalecendo Raízes e Conexões. O evento teve a participação de representantes de casas de terreiros, comunidades quilombolas, ciganos, indígenas, movimentos sociais, governos Municipal e Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e organizações sociais não governamentais.

Idealizado pela 6ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Caruaru, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru, Associação dos Povos Tradicionais de Pernambuco (APTA) e Associação de Povos de Terreiros de Caruaru (APTC), o encontro marcou uma manhã de diálogo e aprendizado sobre questões fundamentais para os povos tradicionais e sua interação com o poder público.

“Esse encontro, na verdade, é o ápice de um trabalho que a gente vem desenvolvendo aqui, em Caruaru, com os povos tradicionais. Inicialmente, eles haviam nos procurado a respeito de algumas demandas que tinham, como a questão de abordagens policiais, de uma certa intolerância da sociedade de uma maneira geral em relação aos povos de terreiro, a legalização dos terreiros em si. Então, o que é que a gente procurou fazer? A gente os ouviu, abriu o procedimento e começou a desenvolver uma série de encontros buscando explicar como seria o processo de regularização dos terreiros enquanto entidade religiosa, como se dá a formação dos policiais em relação à questão de Direitos Humanos e o tratamento aos povos tradicionais que tem acompanhamento por parte do MPPE. Outros pontos incluem a regularização do território de quatro comunidades quilombolas que temos em Caruaru e também de dois grupos do povo cigano. Hoje, os povos de terreiro contam com duas associações por eles formadas, que os representam em suas demandas, e um dos povos quilombolas se encontra em fase de reconhecimento governamental como descendentes de quilombos”, resumiu o Promotor de Justiça Itapuan de Vasconcelos Sobral Filho.

Ainda segundo ele, os agentes públicos de Caruaru estão em fase inicial de desenvolvimento de políticas públicas referentes aos povos tradicionais.

Programação: a primeira palestra foi ministrada pela Mãe Elza de Yemonja, cujo tema foi "A importância da regularização jurídica dos Terreiros na promoção da diversidade cultural e da liberdade religiosa".

A segunda palestra, ministrada pela Major da PMPE Lúcia Helena, teve como tema "Combatendo a intolerância religiosa: estratégias para promover o respeito e a compreensão entre diferentes crenças".

A terceira e última palestra tratou sobre o tema "O papel da Polícia Federal no combate aos crimes de ódio" e ficou a cargo de André Campos de Lavor, Delegado da Polícia Federal em Caruaru.

O encontro contou ainda com apresentações culturais do Grupo Flor e Barro, trazido pela APTC, e com cânticos de religiões de matrizes africanas performados pelo Zelador de Santo e Advogado Ivan de Airá e pelos representantes de religiões de matrizes africanas Kiambá de Logum, Iran Carvalho, Nanny Melo, Vinicius e Ju Melo.

No encerramento, os participantes assistiram a uma apresentação do grupo cultural Orí e Dança.

1° Encontro dos povos tradicionais de Caruaru

 

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