SEGURANÇA ALIMENTAR

Núcleo DHANA realiza reunião para orientar membros do MPPE sobre adesão de municípios ao SISAN

Fotografia do print da tela do encontro virtual
Encontro explicou procedimentos necessários e os documentos obrigatórios para que as Prefeituras possam aderir ao sistema

 

30/09/2024 - Para orientar Promotores e Promotoras de Justiça sobre como induzir os gestores e monitorar o processo de adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), o Núcleo Josué de Castro do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (Núcleo DHANA) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou encontro virtual com representante da Secretaria Extraordinária de Combate a Pobreza e a Fome/MDS, onde informações e reflexões foram compartilhadas, na quinta-feira (26).

Na ocasião, o coordenador-geral de Articulação Federativa do Sisan, Elcio Magalhães, apresentou e explicou aos membros os procedimentos necessários e os documentos obrigatórios para que as Prefeituras possam aderir ao sistema, assim como respondeu perguntas dos presentes. 

O coordenador do Núcleo Dhana, Promotor de Justiça Westei Conde, frisou a importância do MPPE acompanhar todo o processo de adesão ao SISAN pelos municípios: “Não devemos nos restringir  à simples verificação da adesão meramente formal do município. Temos o dever de acompanhar o regular desenvolvimento do processo de adesão, incidindo na concreção do direito humano à alimentação nos distintos territórios, nas vidas das pessoas”, comentou ele.

Segundo Elcio Magalhães, apesar das dificuldades, a gerência do SISAN se mantém empolgada e com esperança de que, cada vez mais, gestores municipais se sensibilizem sobre a temática da fome e ingressem no sistema, “Nosso trabalho é que o SISAN se espalhe por todo o território nacional, já que a fome, nos últimos anos, voltou a ser um grande problema no Brasil”, disse ele. “Assim, a parceria com o Ministério Público é de extrema valia pela capacidade que Promotores de Justiça têm de dialogar e convencer os gestores municipais”, concluiu Élcio Magalhães. Ele também destacou que existe um trabalho para simplificar ainda mais o processo de adesão.

De acordo com Elcio Magalhães, deve-se entender a questão da segurança alimentar e nutricional como acesso, regular e permanente, de toda pessoa a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e sem comprometimento ao acesso a outras necessidades básicas.   

O encontro de quinta-feira foi mais uma iniciativa do DHANA seguindo a Recomendação nº 97, de 30 de maio de 2023, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a qual diz que o Ministério Público deve atuar de forma articulada com os poderes públicos e a sociedade civil organizada para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios brasileiros integrem o SISAN.

Segundo dados do Governo Federal, 23 dos 184 municípios pernambucanos já aderiram ao SISAN: Jaboatão dos Guararapes, Recife, Afogados da Ingazeira, Carnaubeira da Penha, Itapetim, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina, Quipapá, São José do Egito, Abreu e Lima, Barreiros, Belo Jardim, Jatobá, Olinda, Passira, Sanharó, Santa Maria da Boa Vista, São José da Coroa Grande, Serra Talhada, Serrita, Timbaúba e Trindade.
 

Núcleo DHANA realiza reunião para orientar membros do MPPE sobre adesão de municípios ao SISAN

Últimas Notícias


PAULISTA
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
Fotografia da Promotora de Justiça dando entrevista para imprensa
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes

 

13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.

"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.

O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.

De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.

Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.

No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.

MANARI
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
Foto da população participante posando para foto no local do evento
Evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade


 

13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.

O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade. 

O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.

Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.

INAJÁ
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
Fotografia de fogos de artifício explodindo no ar
MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios

 

13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.

O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.

“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.

Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular. 

Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa. 

A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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