5 CIDADES

MPPE recomenda adequações para garantir atendimento à população nas unidades do Conselho Tutelar

Ilustração em forma de casa com os dizeres conselho tutelar
Autoridades públicas devem respeitar o princípio da colegialidade nas decisões tomadas pelo Conselho Tutelar


02/01/2024 - Atento à necessidade de assegurar uma boa prestação de serviços por parte dos 20 conselheiros tutelares eleitos que assumirão as funções a partir de janeiro de 2024, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou uma série de providências para os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Surubim, Casinhas, Vertente do Lério e Gravatá ajustarem os horários de funcionamento dos Conselhos Tutelares às exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Resolução nº 231 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

Em conjunto com a recomendação, as Promotorias de Justiça da Infância e Juventude do Cabo de Santo Agostinho, de Gravatá e de Surubim (que também é responsável pelas cidades de Casinhas e Vertente do Lério) remeteram aos prefeitos e Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente (Comdicas) a Nota Técnica nº 01/2023, do CAO Infância e Juventude, que dispõe sobre o funcionamento do Conselho Tutelar e vedação do rodízio no expediente regular.

Na prática, as providências buscam assegurar que todas as unidades do Conselho Tutelar nessas cinco cidades contem com a presença dos conselheiros nos horários regulares de funcionamento, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Essa jornada deverá ser cumprida cumulativamente à escala de plantões de sobreaviso, a fim de garantir o atendimento à população.

"As normativas realçam a necessidade de colegialidade nas decisões do Conselho Tutelar, sendo a tomada de decisões individuais admitida apenas em situações excepcionais. Dessa forma, não é legítima a adoção de rodízios e revezamentos no cumprimento da jornada dentro do horário regular", explicam os Promotores de Justiça Manoela de Souza (Cabo de Santo Agostinho), Garibaldi Gomes da Silva (Surubim) e Ivan Renaux de Andrade (Gravatá), nos textos das recomendações.

Os membros do MPPE ressaltam, ainda, que o exercício da função de conselheiro tutelar tem caráter de dedicação exclusiva, ou seja, não é compatível com o desempenho de outras atividades profissionais.

Dessa maneira, o Poder Executivo, por meio dos prefeitos e secretários municipais, e os Comdicas devem analisar a legislação municipal a fim de verificar se as normativas incluem a previsão de plantão ou sobreaviso fora dos horários regulares, de modo a garantir o funcionamento ininterrupto do Conselho Tutelar. Cabe a cada município definir, por meio de lei, se o trabalho extraordinário será remunerado ou se haverá compensação das horas trabalhadas em plantão.

Além disso, as autoridades públicas devem respeitar o princípio da colegialidade nas decisões tomadas pelo Conselho Tutelar, salvo casos excepcionais devidamente justificados.

Por fim, a realização dos plantões ou sobreavisos do Conselho Tutelar nessas cinco cidades deve ser divulgada à população e aos órgãos integrantes da rede de proteção infantojuvenil, incluindo os contatos para acionar os conselheiros tutelares fora dos horários regulares.
As recomendações foram publicadas no Diário Oficial Eletrônico dos dias 20 de dezembro (Cabo de Santo Agostinho), 22 de dezembro (Surubim, Casinhas e Vertente do Lério) e 2 de janeiro de 2024 (Gravatá). 
 

Últimas Notícias


JUSTIÇA
Núcleo e rádio do MPPE lançam podcast sobre Tribunal do Júri e enfrentamento da criminalidade
Três homens estão sentados em um estúdio de rádio. Um de óculos fala, gesticulando. Outro, à direita, escuta. No centro, um homem com camiseta preta e crachá observa.
Podcast Plenário Vivo traz relatos de membros sobre a atuação no Tribunal do Júri

 

20/05/2025 - Nesta terça-feira (20/5) o Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) e a Rádio MPPE, do Ministério Público de Pernambuco, lançam o podcast Plenário Vivo, compartilhando experiências, desafios e reflexões de Promotores de Justiça no combate à criminalidade e posicionamentos diante do Tribunal do Júri. O primeiro episódio é com o Procurador-Geral de Justiça, José Paulo Xavier. O chefe do Ministério Público Estadual fala dos investimentos para fortalecer o trabalho da instituição nas investigações e denúncias contra organizações criminosas.

Na conversa com Ivson Gomes, da Rádio MPPE e Agência Radioweb, José Paulo Xavier lista medidas que estão sendo tomadas, como o reforço de Promotores Criminais, descentralização do Gaeco e o uso de sistemas de informação para asfixiar o poderio do crime organizado.

“O objetivo desse podcast é compartilhar experiências, desafios e reflexões sobre o combate à criminalidade, como também fomentar o debate permanente para consolidação dos posicionamentos jurídicos institucionais sobre assuntos relativos ao Tribunal do Júri”, explica o coordenador do NAJ, Promotor de Justiça Fernando Della Latta. Segundo ele, o programa, com episódios mensais de 15 a 20 minutos, destina-se a membros do Ministério Público brasileiro, juízes, advogados, delegados de Polícia, peritos e estudantes de direito. Os ouvintes podem conferir pela Rádio MPPE (https://radiomppe.com.br) e por aplicativos de podcast (Spotify, Deezer, Amazon Music).

Em cada episódio, Ivson Gomes conversa com um Promotor de Justiça sobre temas específicos. O próximo, que será veiculado em junho, vai abordar a nova Lei do Feminicídio e a atuação do MP com perspectiva de gênero. A convidada é a Promotora Criminal Ana Clézia Ferreira Nunes, coordenadora do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes (NAV) do MPPE. 

Acompanhe a programação do podcast no site do MPPE e confira os demais temas a serem explorados pelo Plenário Vivo. Além desse programa, a parceria com o NAJ vai produzir mensalmente dois spots para esclarecer a população sobre temas relacionados ao Tribunal do Júri. É o "Traduzindo o Júri", a ser veiculado nas rádios parceiras da Agência Radioweb em todo Nordeste, informa Ivson Gomes.

Quer ouvir a primeira edição? Aperta o play logo abaixo:

CARUARU
CAO Saúde realiza seminário para qualificar agentes de acolhimento da macrorregião do Agreste
Iniciativa teve como objetivo formar e qualificar integrantes do MPPE para o adequado atendimento às pessoas que procuram a instituição com sinais de sofrimento psíquico.

 

19/05/2025 - O Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAO Saúde), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), realizou na última quarta-feira (14), o Seminário de Formação de Agentes de Acolhimento da II Macrorregião. O evento, referente ao II Componente do Projeto "Saúde Mental, Não Faça disso um Bicho de 7 Cabeças", ocorreu no auditório da sede das Promotorias de Justiça de Caruaru, no bairro Maurício de Nassau.

O Seminário, realizado em parceria com a Gerência de Atenção à Saúde Mental do Estado (GASAM–SES/PE) e com a participação de aproximadamente 50 pessoas, teve como objetivo formar e qualificar integrantes do MPPE para o adequado atendimento às pessoas que procuram a instituição com sinais e sintomas de sofrimento psíquico. 

O evento foi aberto pela Coordenadora do CAO Saúde, Promotora de Justiça Helena Capela; pelos Promotores de Justiça Sérgio Roberto Almeida Feliciano, Sophia Wolfovitch Spinola e Fabiano Morais de Holanda Beltrão; pela Gerente da Gerência de Atenção à Saúde Mental (GASAM–SES/PE), Juliana Lucena; e pelo Analista em Medicina Psiquiátrica do CAO Saúde, Marcos Creder.

Inicialmente, houve palestra da GASAM sobre Legislação e Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Na sequência, os agentes de acolhimento participaram da oficina de Estudo de Caso e Qualificação, concluindo-se com a apresentação dos Grupos de Trabalho.

Ainda serão realizados outros dois seminários dentro desse Componente 2 do Projeto: na Macrorregião de Serra Talhada, no dia 11 de junho; e na Macrorregião de Petrolina, no dia 23 de julho.

DEZ CIDADES
MPPE recomenda a regularização da oferta de exames pré-natal e médicos obstetras
As recomendações têm o objetivo de assegurar às pessoas gestantes o pleno acesso à saúde durante o período gestacional.


19/05/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu, por meio da atuação das Promotorias de Justiça locais com o apoio do Grupo de Atuação Conjunta Especializada (Gace) da Saúde, recomendação para que dez Prefeituras adotem as medidas necessárias para regularizar a oferta de exames de rotina no pré-natal e a disponibilização de médicos obstetras para atender seus munícipes.

Os municípios que receberam as recomendações são Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, Surubim, no Agreste, e Custódia, Exu, Terra Nova, Buíque, Petrolina, Salgueiro e Serra Talhada, no Sertão do Estado.

As recomendações têm o objetivo de assegurar às pessoas gestantes o pleno acesso à saúde durante o período gestacional e promover a integralidade do cuidado pré-natal, com impacto direto nos índices de mortalidade materna e infantil.

Baseadas em procedimentos administrativos de acompanhamento de políticas públicas, as recomendações ministeriais focam em garantir que as pessoas gestantes contem com, no mínimo, sete consultas durante a gestação, como determina o protocolo do Ministério da Saúde. Além disso, a política pública deve prever a busca ativa, de modo a permitir que as consultas pré-natais sejam iniciadas até a 12ª semana de gestação. 

As recomendações foram publicadas no Diário Oficial Eletrônico do MPPE, nas edições dos dias 5, 6, 7, 9, 12, 15 e 16 de maio.

Roberto Lyra - Edifício Sede / Ministério Público de Pernambuco

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