MPPE promove audiência para discutir contratação de profissionais para atender crianças e adolescentes neurodivergentes
MPPE promove audiência para discutir contratação de profissionais para atender crianças e adolescentes neurodivergentes
19/02/2024 - A 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Paulista realizou no dia 6 de fevereiro de 2024, uma audiência extrajudicial com o objetivo de discutir a oferta de acompanhamento por parte da rede municipal de saúde às crianças e adolescentes neurodivergentes residentes no município.
A audiência, presidida pela Promotora de Justiça em exercício simultâneo na 3ª Promotoria, Mirela Maria Iglesias Laupman, ocorreu por conta da existência de diversos procedimentos que versam sobre a falha ou negativa de acompanhamento às crianças e adolescentes. A finalidade foi instruir os procedimentos.
Na ocasião, tratou-se da falta de estrutura da saúde pública municipal, em especial quanto à falta de profissionais (terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, pediatras, psicólogos e psiquiatras infantis, dentre outros), fato que tem prejudicado o acompanhamento de crianças e adolescentes atípicos, com neurodivergências ou vítimas de violência sexual, residentes em Paulista.
Em seguida foram discutidas as queixas trazidas por representantes do Movimento de Mães de Crianças Autistas do Paulista e os obstáculos enfrentados pela gestão municipal para realizar a contratação de profissionais especializados no acompanhamento de saúde mental infanto-juvenil com vistas a suprir a falta ou insuficiência desses profissionais na rede municipal de saúde para atender a demanda reprimida existente.
Os representantes do município prestaram esclarecimentos a respeito da atual composição dos principais equipamentos especializados no acompanhamento de saúde mental infanto-juvenil existentes no município (Centro de Atenção Psicossocial Infantil Meninos de Jesus, Centro Integrado de Habilitação e Reabilitação Criança Feliz, Centro de Terapias Integradas do Paulista - Maria das Neves, Centro de Reabilitação do Nobre e Policlínica William Nascimento), bem como sobre adoção de medidas para a contratação de mais profissionais para suprir a demanda local.
Foram discutidas, ainda, as questões relativas ao processo seletivo simplificado vigente e ao andamento das conversações com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) com vistas à celebração de um Termo de Ajustamento de Gestão a respeito da matéria.
No final, foi ressaltada a importância da articulação entre os órgãos envolvidos com a temática, a fim de garantir maior eficiência no encaminhamento e acompanhamento dos casos, bem como do diálogo com as mães do movimento, objetivando dar mais transparência às ações realizadas.
À audiência pública estiveram presentes representantes da Secretaria Executiva de Saúde do Paulista, da Procuradoria Municipal, da Superintendência de Atenção Especializada, das Gerências do Centro de Atenção Psicossocial Infantil Meninos de Jesus e da Policlínica William Nascimento da Silva e do Movimento de Mães de Crianças Autistas do Paulista.
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Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.
O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.
De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.
Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.
No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.
O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade.
O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.
Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.
O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.
“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.
Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular.
Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa.
A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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