CARUARU

MPPE E TCE promovem workshop para municípios integrantes da Gerência Regional de Educação Agreste Centro Norte

06/07/2023 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (CAO Educação), com apoio da Escola Superior da Instituição (ESMP), e em parceria com a coordenação do programa TCEndo Cidadania, da Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), promoveram, na última terça-feira, (4), em Caruaru, no auditório do Centro Universitário Uninassau Caruaru,  o Workshop de formação para fortalecer o controle social na política de educação. 

Este foi o primeiro evento de uma série de outros, que deverão acontecer entre os meses de julho e novembro de 2023, abrangendo as chamadas Gerências Regionais de Educação, e visam fornecer ferramentas, informações e condições para o acompanhamento dos serviços, gastos e investimentos na política de educação.

“No início do mês de março, o CAO Educação convocou uma reunião com o Tribunal de Contas, Escola de Contas, Conselho Estadual de Educação, representantes da Secretaria Estadual de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação(UNDIME), União Nacional dos Conselheiros Municipais de Educação (UNCME), e Universidade Federal Rural de Pernambuco(UFRPE), e resolvemos fazer reuniões de articulações em várias Regionais de Educação. Começando pela Região Metropolitana, depois por Bezerros e Nazaré da Mata. Eis que durante essas reuniões, surgiu a possibilidade e, na verdade, um pedido dos conselhos, das gerências regionais e dos gerentes municipais da educação, dos gestores municipais da educação, em realizar essa formação em controle social e orçamento voltada aos conselhos municipais, aos membros do Ministério Público e aos gestores municipais”, explicou a Promotora de Justiça e coordenadora do CAO Educação, Isabela Bandeira. 

O evento contou com um conteúdo programático distribuído desde o controle social na educação e as relações de interdependência entre o poder público e a comunidade, passando pelos conceitos de orçamento do Plano Plurianual (PPA);Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). E ainda, conhecimentos a respeito das funções dos portais e sites de transparência e do portal “Tome Contas”, do Tribunal de Contas do Estado.

“A gente trabalhou com os gestores e conselheiros municipais, como eles ainda podem participar da construção da LDO, que está no prazo da próxima Lei Orçamentária Anual e fiquei muito feliz de ver o resultado, principalmente da integração: membros de conselhos e políticas públicas com os gestores, os secretários de educação. Que é uma coisa que a gente via antes, eles dizerem que às vezes o secretário não ouvia o conselho e vice-versa. E hoje, a gente conseguiu isso”, celebrou a auditora e coordenadora do Programa TCEndo Cidadania do TCE, Sandra Inojosa. 

Workshop: Controle Social e Orçamento na Prática

“Esses conselhos de controle social, eles garantem as manifestações, demandas da sociedade civil organizada, dentro desses conselhos. Ou seja, é a escuta direta da comunidade, através daqueles representantes ali que compõem o órgão paritariamente com o poder público, para levar essas demandas da educação. O que é prioridade daquela comunidade, daquela escola - seja do Conselho Escolar, seja do Conselho Municipal da Educação, então eles é que têm a função de fazer esse diagnóstico e também fiscalizar, se aquelas verbas, se aqueles recursos; se aquelas políticas públicas que eles deliberaram como prioritária estão sendo executados pelo Executivo municipal e Estadual, pontuou o Promotor de Justiça de Caruaru, Oscar Nóbrega, que na ocasião proferiu palestra sobre o controle social na educação e as relações de interdependência entre o poder público e a comunidade como importante instrumento para o exercício da participação democrática. 

“É fundamental que o conselho consiga compreender que ele é um órgão que não está sob o controle da Secretaria Municipal de Educação, ou do governo municipal. Ele é um órgão independente que trabalha diretamente com a gestão municipal, na perspectiva fiscalizadora e na perspectiva de orientação técnica daquilo que é necessário enquanto política pública para a rede, para a população da rede municipal”, enfatizou a presidente do Conselho Municipal de Educação de Caruaru, Maria Joselma do Nascimento.

Confira a programação dos próximos workshops:

18/07/2023 - Workshop GRE Sertão Central – Auditório da Gerência Regional de Educação do Sertão Central. Endereço: Rua Lourival Sampaio, 365, Salgueiro-PE
01/08/2023 - Workshop GRE Sertão do Submédio do São Francisco e Sertão do Alto Pajeú Autarquia Educacional de Afogados da Ingazeira e Faculdade do Sertão do Alto do Pajeú. Endereço: Rua Osvaldo Gouveia, s/n, Afogados da Ingazeira - PE
15/08/2023 - Workshop GRE Vale Capibaribe – Inspetoria TCE Surubim. Endereço: R. Antônio Medeiros Sobrinho - Cabaceira, Surubim - PE
12/09/2023 - Workshop GRE Sertão do Araripe – Autarquia Municipal – AEDA – Araripina. Endereço: Av. Antônio de Hermógenes, 80 - Araripina
13/09/2023 - Workshop GRE Sertão Médio São Francisco – FACAPE – Petrolina
Campus Universitário s/n - Cidade Universitária, Petrolina - PE
17/10/2023 - Workshop GRE Agreste Meridional – Auditório da Gerência Regional de Educação do Agreste Meridional. Endereço: Praça Tavares Corrêa, 52, Heliópolis, Garanhuns-PE
31/10/2023 - Workshop GRE Mata Sul – Centro Municipal de Formação. Endereço: Rua José Rudval de Aragão, 26622, Centro, Palmares/PE
21/11/2023 - Workshop GRE Sertão Moxotó Ipanema – Arcoverde



 

Últimas Notícias


MOBILIDADE
MPPE recomenda que as empresas de transporte suspendam a operação com as catracas elevadas em seus ônibus
Foto mostra o interior de um ônibus. Bem no meio, está instalada uma catraca dupla, ladeada por cadeiras
Uso das catracas deve permanecer suspenso até que as normas de acessibilidade da ABNT sejam atendidas


29/09/2023 - Por recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a direção do Grande Recife Consórcio de Transportes (GRCT) deve, no prazo de dez dias, determinar às concessionárias e permissionárias de serviço público de transporte coletivo que suspendam a operação com as catracas elevadas em seus ônibus.

O MPPE recomenda, ainda, que as empresas mantenham a suspensão da fase de teste das catracas, até que seja demonstrado o atendimento integral dos parâmetros e critérios técnicos de acessibilidade estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o sistema de transporte coletivo de passageiros de características urbanas.

Responsável por gerir o sistema de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR), o GRCT deve, de forma imediata e adequada, divulgar a recomendação do MPPE, bem como adotar as providências necessárias no sentido de prevenir eventuais violações da lei.

Vale destacar que na 36ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital tramita Procedimento Preparatório (PP) No 02326.000.498/2023, instaurado para apurar se as catracas altas que vêm sendo instaladas nos veículos que operam no Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR se encontram dentro dos padrões das normas técnicas da ABNT, atendendo aos critérios de acessibilidade e segurança.

Até então, as informações elencadas nos autos do PP, dão conta que as catracas elevadas estariam causando transtornos aos usuários, havendo relatos de constrangimentos e dificuldades para conseguir passar pelo dispositivo, principalmente por pessoas obesas e quem carrega bolsas, mochilas e embalagens.

Assinada pelo Promotor de Justiça Leonardo Brito Caribé, a recomendação foi publicada no Diário Oficial eletrônico do MPPE do dia 28 de setembro de 2023.

EDUCAÇÃO ESPECIAL
MPPE promove audiência pública para debater andamento de TAC firmado com secretarias municipais do Cabo de Santo Agostinho
Foto de um homem e uma mulher em pé, falando em direção ao público que está sentado em um auditório.
MPPE ouviu a população sobre a oferta de profissionais especializados na rede de ensino


29/09/2023 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) promoveu no dia 21 de setembro, audiência pública no Cabo de Santo Agostinho, para discutir o encaminhamento das deliberações feitas ao Poder Executivo municipal no sentido de assegurar a presença de auxiliares de desenvolvimento educacional especial (ADEEs) nas escolas da rede e a formação continuada dos profissionais de ensino. Neste sentido, no mês de junho último foi assinado um termo de ajustamento de conduta (TAC) com representantes das Secretarias Municipais de Educação e de Administração e Recursos Humanos, que têm até o final de outubro para o cumprimento integral do acordo.

Promovida no Centro Administrativo Municipal 1, no bairro Torrinha, a reunião do dia 21 foi conduzida pela Promotora de Justiça Evânia Cíntian de Aguiar Pereira. Ela abriu a programação relatando ter recebido várias queixas sobre a falta de profissionais para atender alunos com algum tipo de necessidade especial. Neste encontro, dentre as deliberações acordadas ficou definido que no prazo de 15 dias, a Secretaria Municipal de Educação informará à Promotoria de Justiça do Cabo de Santo Agostinho, sobre a atual composição da equipe interdisciplinar.

Durante a reunião, a Promotora Evânia também explanou sobre a legislação vigente que garante o atendimento de alunos pelos ADEE’s. Ela explicou que esses profissionais se destinam ao acompanhamento, em sala de aula, dos alunos com algum tipo de deficiência, permitindo assim a convivência e a ampla participação dos mesmos no ambiente escolar.

Compareceram na audiência pública, representantes do Poder Executivo municipal – da Secretaria de Educação; da Secretaria de Administração e Recursos Humanos; e da Controladoria Geral –; do Conselho da Pessoa com Deficiência; e de responsáveis legais de crianças e adolescentes que residem no Cabo de Santo Agostinho.

Leia também: Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho se compromete a convocar profissionais para atender alunos com deficiência.

CARUARU
DHANA realiza 2ª Oficina de Apoio do Projeto Segurança Alimentar e Controle Social
Foto mostra mesa do evento. Quatro homens vestindo terno estão sentados; o terceiro da esquerda para a direita fala ao microfone.
Evento debateu estratégias de efrentamento à insegurança alimentar


29/09/2023 - O Núcleo de Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (DHANA) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com apoio da Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP-PE), promoveu, na quarta-feira (27), a 2ª Oficina de Apoio do Projeto Segurança Alimentar e Controle Social, no auditório do Campus 01 do Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA), em Caruaru, cidade-sede da 6ª Circunscrição Ministerial.   

Pela manhã, a programação esteve aberta aos públicos interno e externo, com os quais ocorreu uma Roda de Diálogos, criando um momento de escuta sobre a problemática regional referente ao tema. Participaram representantes da sociedade civil, do poder público, membros e servidores do Núcleo do DHANA do MPPE. Houve exposição e debate entre os presentes sobre a insegurança alimentar, particularmente a fome, ligados a situações de miséria, merenda escolar, estrutura e fortalecimento dos Conselhos Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSEAs), alimentação saudável, etc.

À tarde, integrantes do MPPE discutiram as principais questões levantadas para a efetivação do combate à insegurança alimentar, seguida da discussão de medidas que a circunscrição adotará , de forma concertada, para o enfrentamento dos desafios apresentados.

Para o Coordenador do Núcleo DHANA, o Promotor de Justiça Westei Conde, é de alta relevância discutir soluções para o problema da fome, que já atinge cerca de 33 milhões de pessoas no Brasil, 2,1 milhões só em Pernambuco. “É dever do Ministério Público buscar assegurar o direito humano à alimentação adequada, em cada território das circunscrições, pois é nossa  obrigação defender o regime democrático, e não existe democracia com pessoas passando fome”, observou ele.

“A insegurança alimentar, notadamente na forma mais grave  que é a fome, voltou a ser um flagelo nacional e estadual. Nossas oficinas se propõem a promover o debate de acordo com as realidades locais em cada uma das 14 Circunscrições Ministeriais, se inteirando dos problemas e das possíveis propostas de solução, para, em seguida, traçar estratégias institucionais  de  enfrentamento”, completou Westei Conde.    

O Promotor de Justiça Itapuã Vasconcelos, que atua na área de Cidadania em Caruaru, lembrou que a população em insegurança alimentar tem aumentado nos últimos anos. “Precisamos de ideias práticas e assertivas para todo o Estado. O poder público não pode fugir do tema e precisa se movimentar rapidamente para aplacar a fome da população”, comentou ele.

Segundo o Coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania (CAO Cidadania), Fabiano Pessoa, “é importante que haja reflexões conjuntas sobre esse tema, que tragam diversos olhares e experiências para que haja propostas de soluções para um problema sistêmico, grave, que não terá uma única resposta”, defendeu ele.  

O Presidente do Conselho de Segurança Alimentar (COMSEA) de Caruaru, Daniel Silva, explanou sobre como a agricultura familiar da região tem colaborado para fornecer alimentos de qualidade para a merenda escolar das escolas públicas locais. “É necessário incentivo às políticas públicas de combate à fome, com mais recursos financeiros para investir nas famílias que trabalham no campo, não apenas comprando os produtos, mas com programas sociais para complementar o sustento”, afirmou ele. “Tem que facilitar a vida das pessoas do campo com associativismo, cooperativismo, capacitação, etc.”, apostou Daniel Silva.

Roberlândia Maria da Silva, que é Gerente de Alimentação Escolar na Secretaria Estadual de Educação e Esportes, lembrou que a fome entre os estudantes da rede pública se agravou com a pandemia de Covid-19, pelo isolamento das famílias, que impediu crianças e adolescentes de irem a escola e se alimentarem lá.

“Hoje, em Pernambuco, uma em cada quatro crianças de 2 a 9 anos, não tem as três refeições diárias. É na escola onde se alimentam melhor”, disse ela. Para que a nutrição seja de qualidade, Roberlândia alegou que o cardápio foi repensado para atender aos alunos com insegurança alimentar agravada.

A Promotora de Justiça e integrante do Núcleo DHANA, Jecqueline Elihimas, frisou que o problema da insegurança alimentar e da fome é complexo, que aflige idosos, crianças, população em situação de rua, passando por conflitos agrários, agrotóxicos, falta de alimentos de qualidade, de água potável, carência de gás para cozinhar, entre outros recortes. “Faz-se necessária toda a estruturação de políticas públicas para resolver todo um arcabouço de problemas que geram a má alimentação e a falta dela”, concluiu a Promotora de Justiça.   

DIÁLOGOS - As Oficinas de Apoio fazem parte das estratégias do Projeto Institucional Segurança Alimentar e Controle Social do MPPE e visam fomentar o debate regionalizado, a partir da análise de dados e informações acerca da situação da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) nos municípios que formam cada Circunscrição Ministerial. Estão programadas oficinas presenciais, com duração de oito horas, em cada uma das 14 sedes de Circunscrição, entre os meses de junho de 2023 e junho de 2024.

Antes de Caruaru, ocorreu, em junho passado, uma oficina em Jaboatão dos Guararapes, para membros, gestores públicos e integrantes da sociedade civil da 13ª Circunscrição Ministerial, que inclui também os municípios de Camaragibe e São Lourenço da Mata.

Roberto Lyra - Edifício Sede / Ministério Público de Pernambuco

R. Imperador Dom Pedro II, 473 - Santo Antônio CEP 50.010-240 - Recife / PE

CNPJ: 24.417.065/0001-03 / Telefone: (81) 3182-7000