PARCERIA

MPPE e PMPE assinam Acordo de Cooperação Técnica e Administrativa em prol da segurança pública

Fotografia do PGJ assinando o acordo ao lado do comandante da PM
PGJ Marcos Carvalho e Comandante-Geral cel Ivanildo Torres assinam acordo enntre instituições

 

29/11/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) celebraram a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica e Administrativa entre as duas instituições, em solenidade ocorrida na Fundação de Apoio ao Centro de Assistência Social da Polícia Militar de Pernambuco (Fundação CAS), na quinta-feira (28). O acordo, pioneiro no Brasil, estabelece uma parceria com o objetivo de promover a cooperação mútua, o intercâmbio de informações e tecnologias, além da capacitação de seus integrantes.

O documento foi assinado pelo Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, e pelo Comandante-Geral da PMPE, Coronel Ivanildo Torres.

A iniciativa pretende aprimorar o sistema de segurança pública em Pernambuco e seus reflexos na persecução penal. Como parte do acordo, foi criado o Grupo Interinstitucional de Estudos e Articulação, composto por membros do MPPE e oficiais superiores da PMPE, para interação, planejamento e fortalecimento das relações e estratégias entre MPPE e PMPE,  além da assinatura do Procedimento Operacional Padrão (POP), já como fruto dessa parceria, que trata sobre ocorrências em que PMs foram mortos em serviço.

“Trata-se de um acordo derivado da maturidade que o MPPE e a PMPE alcançaram, após reuniões que ocorrem desde maio deste ano. Visamos o mesmo objetivo que é um sistema de segurança pública satisfatório para a sociedade”, comentou o Procurador-Geral de Justiça Marcos Carvalho. “Juntas, as duas instituições podem pensar e agir com atuações mais qualificadas e eficientes, melhorando os índices criminais”, afirmou ele. Já o Coronel Ivanildo Torres frisou o momento histórico que foi a assinatura do acordo. “É um acordo fruto do diálogo entre PMPE e MPPE para se construir algo importante e inédito no país e que vai refletir na sociedade pernambucana”, ressaltou ele.

Entre as pactuações no acordo estão previstas palestras educativas realizadas pela PMPE aos membros e servidores do Ministério Público e vice-versa; capacitações e treinamentos na área de segurança pessoal e institucional; criação de um canal técnico de articulação e interação para celeridade na resolução de demandas, bem como de fórum permanente para análise, debate e estudos de casos; desenvolvimento de programas de capacitação e treinamentos conjuntos para membros do MPPE e PMPE, focados em técnicas de investigação, mediação de conflitos e direitos humanos; mecanismos de monitoramento e avaliação das ações realizadas em conjunto; ações de conscientização e prevenção como campanhas educativas e ações preventivas em áreas sensíveis, como violência policial, violência doméstica, criminalidade juvenil e tráfico de drogas; plano de comunicação e transparência para garantir a transparência das ações conjuntas, tanto entre as instituições quanto para a sociedade, respeitando as limitações legais; entre outras. 

Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional à Atuação Criminal (CAO Criminal), Promotor de Justiça Antonio Arroxelas, “o acordo entre MPPE e PMPE reflete o Estado Democrático de Direito, onde duas instituições se respeitam e cooperam para melhoria social”. Já o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa Social e Controle Externo da Atividade Policial (CAO Defesa Social), Promotor de Justiça Francisco Ortêncio de Carvalho, “passamos a nos conhecer como pessoas e não somente a nos relacionar como instituições. Nossas reuniões foram para alinhar como poderíamos nos unir para enfrentar a violência com eficiência e reduzir a sensação de impunidade que a população sente. A integração interinstitucional é imprescindível para uma atuação proativa, evitando que problemas aconteçam, qualificando resultados positivos em prol da paz social”. O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), Promotor de Justiça Roberto Brayner, frisou que “existe um avanço do crime organizado em todas as regiões do país e com MPPE e PMPE em união, cada qual com suas atribuições, mas em cooperação, consegue-se aprimorar as investigações e soluções para combater tais práticas”.

Também compareceram à cerimônia o Chefe de Gabinete da Procuradoria Geral de Justiça, José Paulo Cavalcanti Xavier Filho; o Subprocurador-geral para Assuntos Institucionais, Renato Silva Filho;  a Secretária-Geral, Janaína Sacramento; o Corregedor-Geral do MPPE; Paulo Lapenda; a Assessora Técnica da Procuradoria Geral de Justiça, Delane Mendonça; e as Promotoras de Justiça Alice Morais, Aline Laranjeiras e Tatiana Barros, e os Promotores de Justiça Eduardo Aquino e Raul Lins.
 

Últimas Notícias


PAULISTA
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
Fotografia da Promotora de Justiça dando entrevista para imprensa
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes

 

13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.

"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.

O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.

De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.

Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.

No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.

MANARI
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
Foto da população participante posando para foto no local do evento
Evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade


 

13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.

O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade. 

O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.

Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.

INAJÁ
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
Fotografia de fogos de artifício explodindo no ar
MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios

 

13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.

O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.

“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.

Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular. 

Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa. 

A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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