MPPE cobra conclusão das obras das Escolas Estaduais Antônio Cassimiro e Areia Branca até o retorno das aulas no segundo semestre
MPPE cobra conclusão das obras das Escolas Estaduais Antônio Cassimiro e Areia Branca até o retorno das aulas no segundo semestre
25/07/2024 - A fim de assegurar a garantia do direito à educação, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 3ª Promotoria de Justiça da Defesa da Cidadania de Petrolina, recomendou à Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE) concluir as obras de galpões nas Escolas Estaduais Antônio Cassimiro e Areia Branca, em Petrolina, até a data prevista para a volta às aulas do segundo semestre.
As recomendações expedidas são decorrentes dos Procedimentos Administrativos nº 01877.000.023/2022 e nº 01877.000.359/2022, instaurados pelo MPPE, respectivamente, para investigar irregularidades na antiga extensão da Escola Raulino Sampaio, agora Escola Estadual Areia Branca, e para fiscalizar as obras na Escola Estadual Antônio Cassimiro, interditada devido a danos estruturais causados pelas chuvas.
“A educação é um direito de todos e dever do Estado, a quem compete prover as condições para o acesso e permanência dos estudantes na escola”, fundamentou a Promotora de Justiça Rosane Cavalcante, nas duas recomendações.
Com base nos documentos, o Ministério Público identificou que a Escola Estadual Areia Branca, que era uma extensão da Raulino Sampaio, passou a ser uma escola devido ao número de alunos. E isso teria ocorrido mesmo depois de o prédio alugado ter sido reconhecido como impróprio para abrigar uma escola. “Os alunos ficaram ainda mais expostos a um ambiente precário e de risco, facilitando casos de violência escolar, tornando ainda mais urgente a reforma do galpão alugado, que foi sugerido como solução para o problema, para realocação dos alunos”, pontuou a promotora.
Já no caso da Escola Estadual Antônio Cassimiro, a obra foi necessária porque a unidade de ensino sofreu danos estruturais graves como efeito de fortes chuvas. A SEE interditou a unidade e distribuiu os alunos em outras escolas, causando dois anos de prejuízos graves como o rodízio de aulas em razão da superlotação das escolas que os receberam.
“O Estado propôs aluguel e reforma de um galpão para receber os estudantes no início de 2024, mas em reunião no mês de junho a Gerência Regional de Educação ainda não tinha previsão para conclusão das obras”, acrescentou Rosane Cavalcanti.
A SEE tem um prazo de cinco dias para responder se acata com a recomendação. O documento foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do dia 10 de julho de 2024.
Últimas Notícias
Procurador-Geral, em aula magna de direito na Unicap, destaca atribuições do MPPE em defesa da sociedade e convida estudantes para programa de estágio
28/03/2025 - “É preciso fazer as coisas acontecerem, estudar e aproveitar as oportunidades. Muitas pessoas na sociedade necessitam da atuação do Ministério Público. Há crianças e adultos com fome, que sequer fazem uma refeição diária. Não podemos esmorecer na busca por uma sociedade mais justa e igualitária e o Ministério Público é fundamental nesse processo de transformação de pensar e agir”. Esse e outros conselhos foram dados pelo Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, José Paulo Xavier, em aula magna ministrada na manhã da última terça-feira (25) no auditório do Bloco G1 da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife, para uma plateia de quase 200 alunos iniciantes da graduação em Direito.
Ex-aluno da instituição, José Paulo Xavier atendeu convite da reitoria da unidade de ensino e aproveitou a oportunidade para apresentar aos jovens estudantes a importância do Ministério Público para o exercício pleno da cidadania e aplicação da justiça em favor da população.
“Só tenho a agradecer o convite e a oportunidade de voltar a essa universidade, onde me formei em Direito, para conversar com alunos sobre temática que embora não se esgote na aula, abre horizontes e perspectiva de futuro”, afirmou no início, acompanhado pela diretora da Escola Superior do Ministério Público (ESMP), Carolina Pontes, e o Promotor de Justiça André Felipe Menezes, também professor da Unicap.
MATÉRIA - Na aula, o PGJ abordou aspectos linguísticos e históricos do Ministério Público, tratou dos princípios constitucionais norteadores da instituição, sua autonomia administrativa e funcional, estrutura interna, chamando a atenção para a essência do significado: “serviço dirigido ao povo na defesa dos interesses sociais, ordenamento jurídico e regime democrático de direito”, descreveu. Destacou ainda as oportunidades de ingresso no Ministério Público de Pernambuco, por meio de estágio como bolsista ou voluntário e, para os graduados, concurso público, incluindo também os cursos promovidos pela escola do MPPE e as parcerias com outras unidades de ensino, como a cooperação com a Unicap na oferta de vagas para mestrado profissional em Direito e Inovação, neste ano. Ao final respondeu perguntas da plateia sobre temas diversos.
“É muito importante juntar a academia com aqueles que estão na ponta da defesa da sociedade. O Ministério Público de Pernambuco sempre se notabilizou por ser referência no Brasil na defesa de todos e dos interesses comuns. Essa aproximação significa conseguir fazer com que os estudantes entendam o papel do MP. E a gente termina despertando vocações para que novos quadros de promotores e servidores técnicos possam sair da Unicap”, informou o coordenador do curso, professor Felipe Travassos Sarinho de Almeida.
No momento são mais de dois mil alunos cursando Direito na Unicap, que já formou em 66 anos mais de 100 mil bacharéis na área, aproximadamente. Para o estudante Pedro Henrique Alves Urt, a aula magna da terça foi importante. “Penso em fazer carreira no Ministério Público”.
MPPE denuncia 11 pessoas por organização criminosa, estelionato contra idosos e furto qualificado
27/03/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça de Serrita, ofereceu denúncia contra 11 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa estruturada, estável e com divisão de tarefas, que cometia crimes contra pessoas idosas e pessoas em situação de vulnerabilidade. As ações do grupo ocorreram entre março de 2023 e fevereiro de 2025, nos municípios de Cedro, Serrita e Parnamirim, além de Juazeiro do Norte (CE), onde a quadrilha tinha sua base operacional.
O grupo atuava principalmente na porta de agências bancárias de pequeno porte, onde abordava vítimas com aparência de vulnerabilidade, oferecendo “ajuda” para realização de saques e outras operações financeiras. Com o uso de artifícios fraudulentos, os criminosos subtraíam cartões e senhas das vítimas, efetuando transações indevidas, saques e empréstimos em nome delas. A investigação revelou a existência de um esquema itinerante, com ações coordenadas e repetidas em diversas cidades.
A denúncia, assinada pelo Promotor de Justiça Leon Klinsman Farias Ferreira, descreve uma estrutura criminosa com funções bem definidas entre seus membros. Desde os responsáveis pelas abordagens e trocas de cartões, até aqueles encarregados da parte técnica e logística. Foram atribuídos aos denunciados os crimes de organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), estelionato majorado contra idosos (art. 171, §4º, do Código Penal) e furto qualificado mediante fraude eletrônica (art. 155, §4º, II e §4-C, II, do Código Penal).
Para o Ministério Público, as condutas praticadas não apenas lesaram financeiramente as vítimas, mas também abalaram valores fundamentais da convivência social, como a solidariedade, a confiança nas instituições e a segurança das comunidades interioranas. A atuação sistemática do grupo contribuiu para um cenário de medo, retração social e desconfiança generalizada, especialmente entre os mais idosos.
Em razão da repercussão social dos crimes e do abalo coletivo causado à população, o MPPE também requereu a condenação dos acusados ao pagamento de indenização por dano moral coletivo. A medida visa reparar o impacto à dignidade social e reforçar a necessidade de proteção integral às pessoas em situação de vulnerabilidade, reafirmando o papel do Estado no combate firme e efetivo às organizações criminosas.
MPPE leva Projeto Eu Escrevo Minha História a adolescentes privados de liberdades no Case Muribeca
27/03/2025 - Em mais uma visita de inspeção, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) da Muribeca e deu início às ações do Projeto Eu Escrevo Minha História.
A iniciativa institucional é desenvolvida pelos Centros de Apoio Operacional (CAOs) da Infância e Juventude e de Educação, juntamente com a 7ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Caruaru. Ela objetiva não só impulsionar a política pública de educação formal dentro das unidades socioeducativas, mas promover a efetiva alfabetização dos adolescentes privados de liberdades nas unidades de internação definitiva (Cases) do Estado de Pernambuco, a intervenção positiva na estrutura das escolas das referidas unidades, a aplicação de metodologias para recompor a fluência da leitura e escrita desses jovens, além de criar um fluxo da documentação escolar entre as unidades e também com o meio aberto.
Na unidade da Muribeca, ocorrida na segunda-feira (24), a inspeção teve a finalidade de verificar as condições de funcionamento do local e faz parte da primeira etapa do projeto.
A visita foi acompanhada pelas Promotoras de Justiça Andrea Karla Reinaldo e Milena Mascarenhas; pela Analista Ministerial em Pedagogia, Daniela Donato; e pela Pedagoga Zaira Oliveira. Também presentes gestores do Case Muribeca, além de representantes da Secretaria de Educação e da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase-PE).
Outras unidades serão inspecionadas até o mês de abril.

Roberto Lyra - Edifício Sede / Ministério Público de Pernambuco
R. Imperador Dom Pedro II, 473 - Santo Antônio CEP 50.010-240 - Recife / PE
CNPJ: 24.417.065/0001-03 / Telefone: (81) 3182-7000