MPPE atua no enfrentamento à violência e em prol da cultura de paz nas escolas
MPPE atua no enfrentamento à violência e em prol da cultura de paz nas escolas
19/04/2023 - Visando a prevenção e o combate à violência no ambiente estudantil, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vem realizando uma série de ações pelo Estado. Na manhã desta quarta-feira (19), a Promotoria de Justiça de Petrolina promoveu audiência para tratar de segurança no âmbito escolar. Já na última segunda-feira (17), foi realizada audiência pública para debater as medidas adotadas para combater a violência e reforçar a cultura de paz nas escolas dos municípios de Carpina e Lagoa do Carro.
Em Petrolina, foi reforçada a importância de não cultuar a cultura do medo, em reunião que contou com a presença de representantes das forças policiais, do Conselho Tutelar, do Conselho Municipal de Educação, da Guarda Municipal, da Gerência Regional de Educação (GRE), do Sistema Municipal de Educação (SME), da Procuradoria Geral do Município de Petrolina (PGM), das Promotorias da Infância e Educação e do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Defesa da Educação.
“São muito importantes essas medidas de segurança, mas também temos que nos preocupar com a vulnerabilidade das crianças e adolescentes no que pertine à saúde e às questões sociais. Enquanto Ministério Público, estamos juntos com todas as forças policiais, com todos os órgãos, nesse enfrentamento, inclusive no desafio de implementar políticas públicas para diminuir essa vulnerabilidade, sobretudo dos jovens e crianças mais carentes”, pontuou a Promotora Rosane Cavalcanti.
Ao final, foi designada nova reunião, com o fim de instituir um comitê permanente, para o estreitamento das relações e estabelecimento de fluxos no caso de ocorrências.
Já em Carpina, a audiência pública convocada pela 3ª Promotoria de Justiça local (Infância e Juventude e Educação) buscou debater a segurança nas escolas dos municípios de Carpina e Lagoa do Carro, com adoção de medidas que busquem induzir a política de paz e resguardar a integridade de toda a comunidade escolar.
Na ocasião, foram abordados os desafios enfrentados nas escolas, principalmente após episódios de apreensões de adolescentes por porte de arma branca, em uma unidade de ensino do município de Carpina, e de outros por por suspeitas de ameaças terrorista; bem como medidas a serem adotadas pelas autoridades para tornar o ambiente escolar ainda mais seguro.
“A segurança nas escolas tem que ter uma união, não só dos corpos docente e discente, mas também da família, nessa parte preliminar, de observar as redes sociais, as bolsas dos seus filhos, as relações de amizade. O ponto chave é essa união da família com a escola, essa aproximação, para a escola trabalhar o acolhimento e a conscientização crítica de alguns desses adolescentes que foram autuados por flagrante de ato infracional”, destacou a Promotora de Justiça Sylvia Câmara de Andrade, que presidiu a audiência, reforçando que ameaças em redes sociais, anúncios de um possível massacre, é um ato de terrorismo, previsto na Legislação Federal, no qual a pena varia de 12 a 30 anos, quando o autor é maior de 18 anos.
A audiência ocorreu no Fórum da comarca de Carpina e contou com a participação da Juíza da Vara da Infância de Carpina, Mariana Vieira Sarmento; do Juiz da Vara Criminal de Carpina, André Rafael de Paula Batista Elihimas; Vereadores da Câmara Municipal de Carpina; Procuradores dos Municípios de Carpina e Lagoa do Carro; Secretários Municipais de Carpina e Lagoa do Carro; professores da Rede de Ensino Público Municipal e Estadual e privado dos Municípios de Carpina e Lagoa do Carro; Delegado da Polícia Civil de Carpina.
Estiveram presentes, ainda, representantes da Secretaria de Saúde do Estado; do Sindicato dos Professores de Carpina e Lagoa do Carro; da Secretaria de Desenvolvimento Social de Carpina; da Controladoria do Município de Carpina; do CREAS Carpina; dos Conselhos Tutelares dos dois municípios, da imprensa local; além da Analista Pedagoga do CAO Educação do MPPE, Daniella Cruz.
Saiba como denunciar:
Governo do Estado de Pernambuco – 197
Ministério da Justiça - mj.gov.br/escolasegura
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Facebook (somente messenger) - @mppeouvidoria
Disque MPPE - 127 (das 8h às 14h, em dias úteis)
Últimas Notícias
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.
O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.
De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.
Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.
No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.
O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade.
O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.
Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.
O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.
“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.
Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular.
Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa.
A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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