Membros e servidores das Promotorias de Olinda concluem projeto-piloto de mapeamento de competências
Membros e servidores das Promotorias de Olinda concluem projeto-piloto de mapeamento de competências
17/05/2023 - Os Promotores de Justiça e servidores das Promotorias de Justiça de Olinda apresentaram, na manhã de hoje (17), o mapeamento das competências específicas para o desempenho das funções de Promotor de Justiça, analista e técnico ministerial. A atividade foi resultado de três dias de oficinas promovidas pelo Núcleo de Gestão de Pessoas do Ministério Público de Pernambuco (NGP/MPPE) na sede das Promotorias de Justiça de Olinda, com a participação de aproximadamente 25 pessoas.
Essa é a última etapa do projeto de Gestão por Competências, que está sendo implementado pelo NGP. Após a realização desse projeto-piloto nas unidades ministeriais de Olinda, os resultados serão avaliados pela NGP e pela Procuradoria-Geral de Justiça para replicar essa iniciativa em todo o Estado.
"Decidimos fazer o projeto-piloto em Olinda porque é uma sede que engloba todas as searas de atuação do MPPE nas áreas criminal, cível e da cidadania. Além disso, tivemos um apoio essencial das coordenações e dos servidores, que se engajaram na identificação das competências específicas. Agora nosso foco será continuar mapeando as demais competências específicas para elaborar um relatório final, que será apreciado pelo Gabinete do Procurador-Geral, para desenvolvermos as trilhas de aprendizagem e demais atividades para todas as Circunscrições Ministeriais", destacou a assessora do NGP, Promotora de Justiça Maria Izamar Pontes.
Segundo a consultora do projeto de Gestão por Competências, professora Maria Júlia Pantoja, o trabalho realizado em Olinda aprofunda as iniciativas já realizadas, que incluem as fases de mapeamento de competências comuns e gerenciais, que já foram realizadas pelo MPPE.
"Foi um trabalho muito positivo posto em prática por pessoas muito competentes que trabalham nas Promotorias de Justiça de Olinda. O modelo de Gestão por Competências visa dar operacionalidade ao planejamento estratégico da instituição, levando cada integrante da equipe a refletir sobre a conexão entre os objetivos estratégicos e as atribuições de cada cargo. Esse laboratório que concluímos hoje será importante para difundir a metodologia para as demais unidades do MPPE", explicou Pantoja.
Ainda segundo a professora, o mapeamento das competências específicas permite identificar os conhecimentos, habilidades e atitudes relevantes para a atuação dos técnicos, analistas e membros nas diferentes áreas de atuação (cível, criminal, cidadania e Centrais de Inquéritos). Assim, é possível otimizar a adaptação quando há mudança de profissionais nos setores e estruturar uma ferramenta de acompanhamento das competências no ambiente de trabalho.
Para a coordenadora de sede das Promotorias de Olinda, Promotora de Justiça Cristiane Correia, a proposta de reunir a equipe para dialogar sobre os procedimentos de trabalho já trouxe ganhos.
"A gente não tem esse costume de parar e pensar em como funciona cada setor, fica muito a cargo do método de trabalho do Promotor ou Promotora. Com esse mapeamento das competências, poderemos atuar de forma mais estruturada e padronizando os procedimentos, o que trará mais facilidade de adaptação para os casos em que um Promotor ou servidor novo chega à unidade", exemplificou Cristiane Correia.
Últimas Notícias
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.
O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.
De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.
Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.
No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.
O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade.
O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.
Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.
O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.
“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.
Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular.
Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa.
A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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