Inclusão: Gace Educação celebra resultado de trabalho desenvolvido em prol de políticas públicas voltadas para educação especial

12/12/2022 - Criado há pouco mais de seis meses, o Grupo de Atuação Conjunta Especializado (Gace) Educação já apresenta diversos resultados. Até o momento, já foram celebrados mais de 50 Termos de Compromisso (TACs), ajuizadas cerca de 35 Ações Civis Públicas (ACPs) e instaurados mais de 60 procedimentos administrativos para fiscalização e acompanhamento das políticas públicas voltadas para educação especial. E como o Gace funciona até o fim do mês, esse número ainda poderá aumentar.

O Gace Educação foi instituído pela Portaria PGJ nº 1.293/2022, publicada em 13 de maio de 2022, no âmbito e sob a coordenação do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (CAO Educação), com o objetivo de garantir o direito ao profissional de apoio escolar/cuidador e professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE), verificando as necessidades educacionais específicas dos estudantes com deficiência (acessibilidade pedagógica) e assegurando a ampliação das Salas de Recursos Multifuncionais.

“O recorte temático se deve ao avanço nos indicadores do acesso das pessoas com deficiência ao ensino público de qualidade, sendo esta uma das metas inseridas no planejamento estratégico institucional, por se tratar de um grave problema social, encontrando-se no topo do ranking de denúncias dirigidas às promotorias de justiça especializadas em educação, o que demanda atenção especial do Ministério Público como indutor de políticas públicas”, explicou o coordenador do CAO Educação, o promotor de Justiça Sérgio Souto.

Segundo Souto, para o trabalho piloto foram selecionadas as cidades levando-se em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do último Censo, bem como localidades que possuem proximidade com polos universitários. Foram instaurados procedimentos administrativos por meio dos quais foram realizados os levantamentos dos quantitativos de alunos com deficiência ou transtornos de aprendizagem matriculados; de profissionais para apoio para alimentação, higienização e mobilidade; das unidades da rede municipal de ensino que estão ofertando o AEE no contraturno escolar; e da existência de ações articuladas entre as Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social.

“Independentemente de ações e termos de compromisso, no decorrer dos procedimentos e das tratativas, alguns municípios começaram a regularizar a prestação do serviço do AEE, ampliando o quantitativo de salas de recursos multifuncionais, contratando profissionais especializados, o que destaca a importante função do Ministério Público como indutor de políticas públicas”, destacou Sérgio Souto.

“O trabalho do Gace Educação foi muito produtivo nos oito municípios escolhidos da 1ª Circunscrição. Tivemos uma grande evolução na educação inclusiva neste ano, com a ampliação das salas de recursos multifuncionais e de profissionais de apoio. Todos os municípios firmaram termos de compromisso para ampliar, ainda mais, em 2023”, ressaltou a promotora de Justiça Ana Cláudia de Sena Carvalho, responsável pela 1ª Circunscrição (Salgueiro), que inclui os municípios de Ipubi, Bodocó, Granito, Ouricuri, Santa Filomena, Santa Cruz, Exu e Serrita.

“Foi possível ouvir os pais dos alunos portadores de necessidades especiais; identificar os problemas para diagnóstico das doenças/comodidades das crianças e dos adolescentes. Foi dada voz aos docentes, os quais contribuíram e muito com os seus depoimentos fidedignos da realidade enfrentada por eles e por seus alunos. E firmamos parcerias com os gestores sertanejos que entenderam a importância da causa, deixando de legado resoluções que irão fomentar as políticas públicas relativas à Educação Inclusiva”, ressaltou a promotora de Justiça Rosane Moreira Cavalcanti, responsável pela 2ª Circunscrição (Petrolina), que abrange Afrânio, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande, Orocó e Dormentes.

“Foram realizadas diversas reuniões com secretários municipais, além de seminários atinentes ao tema, encaminhados diversos ofícios e obtidas diversas respostas. Um apanhado geral de como se encontrava a educação inclusiva na região”, comentou o promotor de Justiça Thiago Barbosa Bernardo, responsável pela 3ª Circunscrição Ministerial (Afogados da Ingazeira), composta pelos municípios de Carnaíba, Quixaba, Itapetim, Brejinho, Tabira, Solidão, São José do Egito e Santa Terezinha.

“Por meio do Gace, foram levantados dados e observados que em alguns municípios a política de educação inclusiva já estava avançada e consolidada, inclusive com equipe técnica especialista na área atuante, diagnósticos precoces e aceitação das famílias à inclusão da criança no processo educativo. Os termos de compromisso elaborados apresentam diretrizes à Educação Municipal a se desenvolver no aspecto da educação inclusiva, sem grandes impactos financeiros, mas de resultados sociais relevantes. Por isso, após as reuniões, todos aderiram aos objetivos propostos”, comentou a promotora de Justiça Themes Jaciara Mergulhão da Costa, responsável pela 4ª Circunscrição (Arcoverde), que abrange as cidades de Inajá, Manari, Buíque, Tupanatinga, Poção, Ibimirim e Pedra.

“Destaco a receptividade dos gestores dos municípios abrangidos pelos trabalhos do Gace, demonstrando empenho para melhorar a oferta de educação inclusiva aos estudantes de suas redes de ensino. Os resultados já foram visíveis durante o desenvolvimento do trabalho, com o aumento do número de professores especialistas e profissionais de apoio, de salas de recursos multifuncionais, além da criação de setores especializados em AEE na estrutura das secretarias de educação e a instituição de legislação regulamentadora da oferta de Educação Especial nas redes de ensino”, pontuou a promotora de Justiça Eleonora Marise Silva Rodrigues, responsável pela 14ª Circunscrição (Serra Talhada), composta pelos municípios de Flores, Calumbi, Betânia, Tacaratu, Mirandiba e Custódia.

Além disso, o Centro de Apoio vem realizando reuniões periódicas com a equipe para monitoramento e direcionamento de ações, e promovido encontros com os poderes públicos locais e estaduais, como Secretarias de Educação, Gerências Regionais de Ensino, Gerência de Normatização do Estado de Pernambuco, a fim de apoiar as tratativas com o objetivo de solucionar as carências detectadas.

Inclusão: Gace Educação celebra resultado de trabalho desenvolvido em prol de políticas públicas voltadas para educação especial


 

Últimas Notícias


PAULISTA
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
Fotografia da Promotora de Justiça dando entrevista para imprensa
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes

 

13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.

"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.

O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.

De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.

Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.

No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.

MANARI
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
Foto da população participante posando para foto no local do evento
Evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade


 

13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.

O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade. 

O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.

Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.

INAJÁ
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
Fotografia de fogos de artifício explodindo no ar
MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios

 

13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.

O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.

“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.

Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular. 

Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa. 

A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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