JUDICIÁRIO

Harmonia entre os poderes defendida em posse de mesa diretora do TJPE para 2024-2026

 

Fotografia do PGJ discursando na tribuna do TJPE para público presente
PGJ Marcos Carvalho destacou a excelência da gestão concluída no TJPE

 

07/02/2024 - A harmonia entre os poderes marcou os discursos na cerimônia de posse, na última sexta-feira (2/2), da mesa diretora do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para o biênio 2024-2026. Momentos antes da solenidade, a relação respeitosa entre o Judiciário, o Legislativo e o Executivo foi defendida pelo desembargador Ricardo Paes Barreto, durante entrevista coletiva à imprensa. Empossado como presidente do Tribunal, ele voltou ao tema, considerando relevante a aproximação com a sociedade, “de modo mais transparente, republicano e leal com todas as instituições essenciais ao Judiciário, em especial com o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Defensoria Pública, os governos municipais e toda a advocacia, pública e privada”.

Paes Barreto falou também da atenção a ser dada a outros segmentos, como “o empresariado, os trabalhadores, os humildes, as minorias, sem esquecer de todos os imprescindíveis veículos de mídia falada, escrita e televisiva, indispensáveis ao regime democrático que vivemos, como igualmente com a Associação dos Magistrados e os sindicatos dos servidores". União interna, uso de tecnologia, responsabilidade social e sustentabilidade também estão na lista de ações planejadas. 

Com Ricardo Paes Barreto também tomaram posse os desembargadores Fausto Campos no cargo de 1º vice-presidente; Eduardo Sertório, na 2ª Vice-Presidência; e Francisco Bandeira de Mello como Corregedor-Geral da Justiça.

O Desembargador Luiz Carlos Figueiredo, que deixou a presidência do TJPE, enfatizou a articulação e o trabalho conjunto com o Poder Executivo, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública do Estado: “Destaco, nesse contexto, a gestão no gabinete de crise do sistema penal, as conquistas no Programa Moradia Legal, que chegou à marca de 20 mil títulos entregues gratuitamente em todo o Estado, e nos 100% de aprovação, por unanimidade, de todos os projetos de lei encaminhados à Assembleia Legislativa e nas resoluções submetidas ao Pleno ou Órgão Especial. A união se estendeu também a órgãos da Casa, como Corregedoria-Geral da Justiça e a Escola Judicial (Esmape) no exercício de suas missões".

O Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, Marcos Carvalho, que integrou a mesa na Sala das Sessões, no Palácio da Justiça, destacou a excelência da gestão concluída no TJPE e manifestou a expectativa de grandes contribuições a serem dadas pelos novos dirigentes.

“Pernambuco tem tradições libertárias e de valentia, como demonstrado na Revolução Pernambucana e na Confederação do Equador, essa última completando seu bicentenário neste ano de 2024. Esse espírito insurgente orgulha nosso povo e caminha de braços dados com a rara capacidade de união quando estão em jogo os interesses do nosso Estado”. Segundo ele, “o diálogo entre os Poderes e os órgãos autônomos vem sendo exercido em Pernambuco com bastante responsabilidade” e a posse de um presidente do TJPE com a experiência e maturidade do desembargador Ricardo Paes Barreto bem como dos demais empossados, “sempre renova, traz um novo fôlego para as relações institucionais, notadamente quando ocorre no Poder Judiciário, que tem a missão de dirimir conflitos de interesse.”

No seu discurso, o PGJ Marcos Carvalho lembrou ainda da missão constitucional do Ministério Público de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses  sociais e individuais indisponíveis. “Para exercício de tais misteres, é fundamental a manutenção do diálogo, do respeito e da parceria institucional com o TJPE, sendo essa uma via de mão dupla.” Avanços administrativos no Tribunal de Justiça se refletem no MP e vice-versa, disse. “Tenho certeza que continuaremos caminhando juntos, zelando pela independência institucional dos nossos membros e aprofundando as parcerias administrativas que se traduzirão numa maior eficiência na atuação ministerial e jurisdicional, trazendo paz social e enormes benefícios à população pernambucana”, completou.

A Governadora Raquel Lyra destacou que “o TJPE é  uma instituição histórica que garante a ética como princípio fundamental de comportamento dos agentes públicos e o equilíbrio entre os três poderes”. Segundo ela,  “o Executivo, o Legislativo e o Judiciário compõem o tripé do sistema democrático” e “manter uma relação harmoniosa entre os três, respeitando o protagonismo de cada poder, no que lhe cabe, é condição essencial para o bom funcionamento desse sistema”, sendo necessários o diálogo e a colaboração.  
 

Posse do novo presidente do TJPE

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LAGOA GRANDE
Operação Escroque é realizada com o apoio do MPPE
Investigações foram iniciadas em março de 2023 pela PCPE, com o apoio do MPPE, onde se apurava o desvio de valores referentes ao pagamento de diárias pela Câmara Municipal de Lagoa Grande.

26/07/2024 - A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), com o apoio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), realizou na manhã desta sexta-feira (26), a 38ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada "Operação Escroque", que tem o objetivo de combater crimes contra a administração pública municipal. Na operação foram empregados 70 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

De acordo com o Promotor de Justiça de Lagoa Grande, Filipe Regueira de Oliveira Lima, foram executados 10 mandados de busca e apreensão, bem como foram cumpridos mandados de sequestro de bens e realizado bloqueios de ativos financeiros no montante do prejuízo apurado até o presente momento, que ultrapassam R$ 4,3 milhões. Foi ainda determinado o afastamento cautelar das funções de dois vereadores da Câmara Municipal de Lagoa Grande.

HISTÓRICO - As investigações foram iniciadas em março de 2023 pela PCPE, com o apoio do MPPE, onde se apurava o desvio de valores referentes ao pagamento de diárias pela Câmara Municipal de Lagoa Grande.

No bojo da nova operação ("Escroque"), foi identificado desvio de dinheiro público por meio de contratos com locadoras e construtoras pela Câmara Municipal, as quais devolviam cerca de 25% do valor recebido para os investigados.

O Promotor de Justiça Filipe Regueira ressaltou a importância da integração da Polícia Civil e MPPE para o difícil e complexo combate dos crimes contra a administração pública.

AGRESTE
Em recomendação, MPPE adverte três municípios sobre condutas vedadas durante o período eleitoral
Fotografia de dedo digitando em teclado de urna eletrônica
Recomendação orienta sobre a proibição da utilização de servidores e empregados da administração pública no âmbito do Poder Executivo


 

26/07/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 132ª Promotoria Eleitoral, emitiu uma recomendação às Prefeituras e às Câmaras Municipais de Camocim de São Félix, Sairé e São Joaquim do Monte solicitando que os poderes públicos observem uma série de vedações durante o período da campanha eleitoral, a fim de garantir maior celeridade nas eleições para o Executivo e o Legislativo municipal. 

A recomendação orienta sobre a proibição da utilização de servidores e empregados da administração pública no âmbito do Poder Executivo, em comitês de campanha eleitoral durante o horário de expediente, bem como sobre a proibição para o caso dos agentes públicos cederem, em benefício de algum candidato ou partido político, bens móveis e imóveis que pertencem à União, aos Estados e aos municípios, com exceção da realização de convenção partidária, e também sobre a vedação ao uso de materiais ou serviços, sob as custas dos Governos ou Casa Legislativas, que excedam o que já foi estipulado nos regimentos e normas dos órgãos que integram.

Para os três meses que antecedem o pleito municipal, a recomendação adverte os municípios e Câmaras Legislativas a não realizarem a transferência voluntária dos recursos públicos fora do que já foi destinado para cumprir obrigações na execução de obras e serviços em andamento  com cronograma fixado, e os destinados a atender situações emergenciais e de calamidade pública. O MPPE também adverte sobre a proibição de nomear, contratar, transferir ou exonerar servidores públicos da esfera do pleito nos três meses que antecedem a eleição até a posse dos eleitos.

Além disso, a recomendação do MPPE solicita que os pré-candidatos observem outras medidas vedadas pelo Código Eleitoral nos três meses anteriores ao período da campanha eleitoral, como autorizar publicidade institucional dos atos, programas, serviços e campanhas dos órgãos públicos, fazer pronunciamento em cadeia de rádio e TV fora do horário eleitoral gratuito, bem como a contratar shows artísticos pagos com recursos públicos.

O documento ressalta, por fim, que é proibido, no ano de eleição, fazer distribuição gratuita de benefícios por parte da administração pública, com exceção para os casos de calamidade pública, estado de emergência ou quando se tratar de programas sociais já em execução orçamentária no mandato anterior, conforme o Código Eleitoral.

A recomendação, assinada pelo Promotor Eleitoral Luiz Gustavo Simões e pela Promotora de Justiça Eryne Ávila dos Anjos, foi publicada no Diário Oficial do MPPE do dia 12 de julho de 2024.  
 

ELEIÇÕES
MPPE recomenda a agentes públicos de mais sete municípios a proibição de campanhas em eventos públicos
Fotografia do teclado de urna eletrônica
Prefeitos e presidentes das Câmaras devem emitir orientações aos agentes públicos


 

26/07/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomenda a prefeitos, vice-prefeitos, secretários, vereadores e outros agentes públicos dos municípios de Itamaracá, Santa Filomena, Santa Cruz, Águas Belas, Santa Maria da Boa Vista, Santa Cruz do Capibaribe e Ouricuri o cumprimento de uma série de medidas que evitem a promoção de candidatos ou pré-candidatos em eventos públicos, antes do início do período eleitoral (15 de agosto).

Entre as providências, inclui-se a abstenção no uso de nomes, imagens ou voz, em faixas, cartazes, gravações, páginas da internet ou outros meios de comunicação; a utilização ou distribuição de camisetas, bonés abadás ou brindes que contenham pedidos de votos, números ou símbolos de candidaturas e a realização de discursos de valorização pessoal.

Para o cumprimento das medidas, os prefeitos e os presidentes das Câmaras Municipais das sete cidades devem emitir orientações aos agentes públicos em até cinco dias, informando o caráter proibitivo dessas ações, bem como publicar a recomendação do MPPE nos sites da Câmara Municipal e da Prefeitura. 

Além disso, deve ser comunicado ao Ministério Público, no mesmo prazo, as contratações de artistas, de bandas, de grupos ou de profissionais que deverão se apresentar nos períodos festivos, incluindo seus nomes e contatos, além de informar se a prefeitura patrocinará algum evento privado com verbas públicas durante o ano.

As recomendações foram publicadas no Diário Oficial Eletrônico nos dias 10, 17 e 19 de julho.
 

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