MEIO AMBIENTE

Gace Praias surge para atuar por gestão adequada na orla costeira pernambucana

Fotografia de praia com pessoas praticando esportes náuticos
Outra missão do Gace é assegurar a implantação do Projeto Orla, com a criação do Conselho Gestor e da elaboração do Plano de Intervenção

 

03/12/2024 - Com o propósito de assegurar o respeito às normas ambientais pelos empreendimentos localizados na zona costeira estadual, o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Marcos Carvalho, instituiu o Grupo de Atuação Conjunta Especializada (Gace) Praias, através da Portaria PGJ nº 3.452/2024.

A necessidade de criação do Gace deve-se à ocupação da orla se mostrar muito acelerada, especialmente no litoral sul, com perceptíveis alterações do ambiente costeiro em poucos anos, com impactos no meio ambiente natural, urbanístico e paisagístico. Por isso, o novo Gace escolheu Ipojuca, Tamandaré e Sirinhaém para atuar e se basear por conta da forte especulação imobiliária que já ocorre nas praias desses municípios. 

O novo grupo vai atuar para implementar medidas estruturadoras que garantam a gestão costeira adequada, no que se refere à ocupação territorial, assim como atuar de forma preventiva, corretiva ou compensatória em relação a empreendimentos de alto potencial de impacto ambiental, em observância à legislação aplicável (art. 225 da CF/88, Lei Federal nº 7.661/88, Decreto Federal nº 5.300/04 e Lei Estadual de PE nº 14.258/10).

Dessa forma, o Gace Praias, que é composto por três membros do MPPE e fica sobre a coordenação do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAO Meio Ambiente), busca prevenir a degradação do meio ambiente e garantir o amplo e irrestrito acesso público às praias, dando relevância a atuação do Ministério Público como fiscal da lei. 

Outra missão do Gace é assegurar a implantação do Projeto Orla, com a criação do Conselho Gestor e da elaboração do Plano de Intervenção, além de adequar a legislação municipal ao disposto nas normas federais e estaduais, dando suporte aos Promotores de Justiça que atuam em todos os municípios litorâneos. “A intenção do Gace Praias é produzir um fluxo de atuação com material de apoio para subsidiar Promotores e Promotoras de Justiça que atuam na defesa do meio ambiente em toda a zona costeira pernambucana”, reforçou a coordenadora do CAO Meio Ambiente, Promotora de Justiça Belize Câmara.

A Portaria PGJ nº 3.452/2024 foi publicada no Diário Oficial de 19 de novembro de 2024.
 

Últimas Notícias


TRIUNFO
Corregedoria promove encontro com membros em estágio probatório
A programação, no Centro Pedagógico Doutor João Antas Florentino, incluiu palestras, debates e visita a espaço comunitário.


04/12/2024 - Promotores de Justiça que ingressaram no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) este ano e se encontram em estágio probatório participaram, nesta segunda (02/12) e terça-feira (03/12), em Triunfo, no Sertão do Estado, de encontro promovido pela Corregedoria Geral da instituição. A programação, no Centro Pedagógico Doutor João Antas Florentino, incluiu palestras, debates e visita a espaço comunitário.

“O evento faz parte da formação dos novos membros e membras do MPPE, com o objetivo de repassar orientações ao mesmo tempo em que eles vivenciam a prática nas Promotorias. Dessa vez trabalhamos temas como tráfico de pessoas, direito à alimentação e defesa das mulheres em situação de violência doméstica”, informou o Procurador Paulo Lapenda, Corregedor-Geral do Ministério Público de Pernambuco.

Segundo a Procuradora de Justiça e Corregedora-Geral Substituta, Maria Ivana Botelho, a Corregedoria identifica, nos relatórios trimestrais, alguns assuntos que merecem maior atenção, seja pela complexidade, seja pela ocorrência constante de fatos que justifiquem a atenção dos Promotores e Promotoras”. Ela e o Corregedor-Geral, Procurador Paulo Lapenda, coordenaram as atividades dos dois dias.

PROGRAMA - No primeiro dia, as atividades tiveram início com uma palestra do Procurador de Justiça Marco Aurélio Farias da Silva, que abordou o crime de tráfico de pessoas e as diversas formas de atuação do Ministério Público diante do problema. 

Os novos Promotores e Promotoras visitaram em seguida a Cozinha Comunitária de Triunfo, recebendo informações também acerca do direito humano à alimentação e nutrição adequadas. A programação da segunda-feira incluiu ainda uma conversa com a coordenadora do Núcleo de Atenção à Mulher (NAM), Promotora de Justiça Maísa Oliveira, expôs como deve ser feita a defesa dos direitos das mulheres.

Nesta terça, o encontro focou na conversa com o Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, e outros membros da gestão, além de orientações  repassadas pela Corregedoria.

Este foi o segundo encontro realizado este ano pela Corregedoria com os novos membros do MPPE. A primeira turma de nomeados ingressou em março e a segunda, em setembro. Todos reforçando as equipes do Agreste e principalmente do Sertão pernambucano. 

2ª Reunião dos Promotores de Justiça em Probatório

TRANSPORTE PÚBLICO
Urbana-PE acata recomendação do MPPE e vai garantir manutenção do serviço de bilhetagem eletrônica no Cabo de Santo Agostinho
A recomendação foi feita após denúncia anônima recebida pela Promotoria de Justiça do Cabo de Santo Agostinho.


04/12/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 2⁠ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Cabo de Santo Agostinho, recomendou à Prefeitura do município e ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), que adotem medidas para garantir a continuidade do serviço de bilhetagem eletrônica no município.

A recomendação foi feita após denúncia anônima recebida pela Promotoria de Justiça, dando conta de que o serviço de bilhetagem eletrônica oferecido pela Urbana-PE no Cabo de Santo Agostinho estaria em vigor apenas até o dia 02 de dezembro, tendo o sindicato notificado a Prefeitura no início do mês de outubro sobre o desinteresse na prorrogação do atual contrato.

Segundo a Promotora de Justiça Alice de Oliveira Morais, autora da recomendação, tal medida traria graves prejuízos aos usuários dos cartões eletrônicos de passagens do município, tendo em vista a falta de tempo hábil para a realização de novo procedimento licitatório para a contratação da infraestrutura e serviços para fins de evitar a descontinuidade dos serviços no Cabo de Santo Agostinho.

CUMPRIMENTO - Na manhã desta terça-feira, dia 03 de dezembro, dirigentes da Urbana-PE, da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e da equipe de transição do governo municipal se reuniram na Sede da Promotoria, com a Promotora de Justiça Alice de Oliveira Morais e se comprometeram a cumprir os termos da recomendação. A Promotoria vai acompanhar as medidas que serão adotadas.

“Diversos usuários compram bilhetes eletrônicos com perspectivas de uso a médio e longo prazo, havendo por conseguinte risco de grave prejuízo para os consumidores, em caso de suspensão dos serviços de bilhetagem eletrônica”, destacou a Promotora de Justiça no documento, que foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 14 de novembro de 2024.

O MPPE recomendou à Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho a realização de abertura de processo licitatório para a contratação dos serviço de bilhetagem eletrônica com urgência, além de garantir a adoção de todas as providências necessárias para evitar a descontinuidade dos serviços no âmbito do transporte municipal de passageiros, visando evitar prejuízos e transtornos para os usuários da rede de transporte público.

À Urbana-PE foi recomendada a prorrogação do serviço de bilhetagem eletrônica prestado no município do Cabo de Santo Agostinho por mais 120 dias, a fim de evitar a descontinuidade do mesmo e prejuízo aos  usuários, além de viabilizar a realização de processo licitatório para nova contratação. Na reunião desta terça-feira (03/12) a Urbana-PE se comprometeu em cumprir a recomendação.

PETROLÂNDIA
MPPE recomenda a implementação de serviços de proteção aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa

04/12/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à Prefeitura de Petrolândia e à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Cidadania e Juventude a implementação do serviço de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), em até 90 dias.

As medidas socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviço à Comunidade são medidas socioeducativas em meio aberto, ou seja, sem restrição de liberdade. Os planos são acompanhados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), a partir do regimento de legislações municipais, estaduais e federais.

No município de Petrolândia não consta o Programa de Acompanhamento de Crianças e Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto, apesar de estar registrado no Creas 59 famílias, que são usuárias do serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) e um adolescente acompanhado por medida socioeducativa em meio aberto.

Nesse contexto, “é papel do MPPE prevenir e reprimir a prática de atos que possam levar à violação dos direitos humanos da criança e do adolescente, recomendar a adoção de medidas necessárias à garantia e ao respeito ao ordenamento jurídico nacional”, declara a Promotora de Justiça Nycole Sofia Teixeira Rego.

Sendo assim, o MPPE recomendou à Prefeitura de Petrolândia e à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social o acatamento da recomendação, num prazo de 10 dias, indicando o cronograma do documento, em até 15 dias.

O texto completo da recomendação foi publicado no dia 13 de novembro de 2024 e está disponível no Diário Oficial Eletrônico do MPPE.

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