CAPACITAÇÃO

ESMP e NAM realizam curso sobre a atuação do MPPE frente à violência doméstica e familiar contra a mulher

10/08/2023 - A Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP-PE) e o Núcleo de Apoio à Mulher (NAM) deram início, no último dia 3 de agosto, ao curso “Atuação do Ministério Público frente à violência doméstica e familiar contra a mulher: atualização legislativa, jurisprudencial e aspectos práticos”. A iniciativa teve como objetivo discutir aspectos práticos relacionados à atuação do Ministério Público com perspectiva de gênero no contexto da Lei n. 11.340/2006, e atualizar os participantes quanto às inovações legislativas trazidas pelas Leis nº 14.132/2021, 14.149/2021, 14.188/2021, 14.245/2021 e 14.550/2023.

“O tema do combate aos diversos tipos de violência, especialmente contra a mulher, por sua importância, está permanentemente na agenda da ESMP. A parceria com o NAM tem resultado em encontros muito ricos e proveitosos, já que orientados pela construção de diálogos sobre igualdade e equidade de gênero, além do respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana. Nesse sentido, trazer alguém da altura do dr. Thiago André Pierobom para abordar essa temática com integrantes do MPPE é uma demonstração concreta dos esforços conjuntos que as Unidades Ministeriais estão fazendo para o aperfeiçoamento funcional de nosso quadro”, declarou o Diretor da Escola Superior do Ministério Público (ESMP), Frederico José de Oliveira. 

“Nesse curso, o dr. Thiago trouxe para os colegas uma análise aprofundada das mais recentes atualizações referentes à Lei Maria da Pena, além de debater os tipos penais dos artigos 147-A e 147-B do CP, que tratam dos crimes de stalking e violência psicológica. Foi extremamente importante para os membros que trabalham com violência doméstica, para se atualizarem sobre o assunto e estarem atentos às mudanças legislativas e às novas interpretações da Lei Maria da Penha. Ele trouxe, também, alguns casos práticos e debateu encaminhamentos que poderiam ser tomados naquelas situações concretas, o que também auxilia o trabalho do Promotor”, apontou a Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher (NAM), Camilla Mendes.

Instruído pelo Promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e Professor Thiago André Pierobom, o curso teve a duração de dois dias e somou a carga horária de 11h, com certificados emitidos para os participantes que atingiram 100% de frequência. Foram ofertadas 80 vagas para membros, servidores e assessores do MPPE, nas modalidades remota e presencial. 

Entre os pontos discutidos estavam questões relacionadas ao número de casos de feminicídio em Pernambuco, que se encontra acima da média nacional de violência contra a mulher. Segundo a Secretária de Defesa Social (SDS), 43.553 denúncias de violência foram registradas no ano de 2022, e os levantamentos apontam que 120 mulheres foram agredidas por dia em Pernambuco no mesmo período.

Na ocasião, foram debatidas também as políticas públicas de prevenção à violência contra a mulher e os desafios do novo crime de violência psicológica (CP, art. 147-B), além das questões de gêneros e os papéis ocupados pelas mulheres na sociedade.
“As pessoas replicam comportamentos discriminatórios contra mulheres sem perceber que são discriminatórios, exatamente porque fazem parte de uma ação cultural que vem sido replicada há décadas”, destacou o Promotor e palestrante Thiago André Pierobom. 

Fotografia de mesa composta pelos palestrantes


 

Últimas Notícias


PAULISTA
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
Fotografia da Promotora de Justiça dando entrevista para imprensa
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes

 

13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.

"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.

O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.

De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.

Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.

No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.

MANARI
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
Foto da população participante posando para foto no local do evento
Evento contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade


 

13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.

O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade. 

O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.

Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.

INAJÁ
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
Fotografia de fogos de artifício explodindo no ar
MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios

 

13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.

O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.

“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.

Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular. 

Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa. 

A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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