Encontro promovido pelo MPPE discute Direitos da população LGBT e Decisões do STF
Encontro promovido pelo MPPE discute Direitos da população LGBT e Decisões do STF
24/05/2023 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou, na última quinta-feira (18), por meio do Núcleo dos Direitos LGBT e da Escola Superior da Instituição (ESMP/PE), o “I Encontro de Direitos da População LGBT e Decisões do STF”. A iniciativa ocorreu no auditório da Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (AESGA), no Agreste, e buscou promover a discussão sobre os direitos da população LGBT e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao tema.
“A atividade teve a intenção de oferecer um olhar sobre a luta pelos direitos civis LGBT+, a partir da visão dos tribunais. Temos o compromisso de dar visibilidade a essa pauta, concorrer para a ampliação da consciência das pessoas e, assim, enfrentarmos o grande desafio que é construirmos juntos um ambiente de inclusão e igualdade”, comentou o diretor da ESMP, o Promotor de Justiça Frederico Oliveira.
Na ocasião, a Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Direitos LGBT do MPPE, Carolina de Moura Pontes, ministrou a palestra-tema do encontro, reforçando o pioneirismo do MP Pernambucano na temática. “Inclusive, nós temos Ministérios Públicos de outros estados que nos ligam, solicitam os modelos das nossas atividades”, destacou a Promotora, que é doutora e mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e pós-graduada em Ciências Criminais pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).
“De tempos em tempos, o operador do direito é desafiado pela dinamicidade da vida. Assim o foi com a abolição da escravatura e com a lei do divórcio, por exemplo. E de maneira mais recente, a população LGBT questiona a hetenormatividade e o determinismo biológico. Desde 2011, o STF vem garantindo uma gama de direitos a essa população, procurando a Justiça, na dinamicidade do Direito. E foi exatamente para falar um pouco dessas decisões que promovemos esse encontro”, pontuou a Promotora Carolina de Moura.
A palestra foi mediada pela Promotora de Justiça Marinalva Severina de Almeida, que é especialista em Direito Processual pela Universidade Potiguar, professora efetiva e coordenadora adjunta da AESGA. “Foi a primeira vez que o tema, uma questão de direitos humanos de extrema importância, foi trazido pela ESMP/PE para o município de Garanhuns. A receptividade foi muito boa e vários segmentos da sociedade ficaram satisfeitos com a iniciativa”, destacou.
O encontro, realizado em parceria com a AESGA e a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Garanhuns, reuniu integrantes do MPPE; estudantes da AESGA e demais instituições de ensino; integrantes das redes municipal e estadual de defesa dos direitos da população LGBT+; além de associações e movimentos da sociedade civil.
Últimas Notícias
Júri acolhe argumentos do MPPE e condena policial militar que matou esposa no bairro do Janga em 2013
13/06/2025 - Em sessão realizada na quinta-feira (12), os integrantes do Tribunal do Júri de Paulista seguiram integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenaram o policial militar reformado Dário Angelo Lucas da Silva a um total de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado por matar sua esposa a tiros no bairro do Janga. O crime aconteceu há 12 anos.
"As provas do processo demonstraram a autoria e materialidade do crime, bem como as qualificadoras do motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, um crime cuja execução foi fria e calculada. No ano de 2013 não existia ainda a figura jurídica do feminicídio, razão pela qual essa qualificadora não pôde ser aplicada ao caso, mas percebemos que a dinâmica foi exatamente essa, um crime de ódio pela condição de mulher da vítima", resumiu a Promotora de Justiça Liana Menezes, que atuou como representante do MPPE no julgamento ao lado do Promotor de Justiça Ademilton Leitão.
O JULGAMENTO - A sessão do Tribunal do Júri teve início por volta das 10h50, quando o juiz Thiago Cintra fez o sorteio dos sete jurados.
De início, a defesa técnica do réu apresentou pedido pelo adiamento da sessão, alegando prejuízo ao contraditório motivado pela ausência de testemunhas arroladas pelos advogados. O magistrado, porém, indeferiu o pedido e deu início à ouvida da única testemunha arrolada pelo Ministério Público, que foi a mãe da vítima.
Na sua ouvida, a mulher traçou uma descrição da conduta violenta do réu e do receio que tinha de que o sentimento de posse dele com a sua filha escalasse para agressões físicas. Segundo ela, a personalidade controladora e as traições rotineiras do réu motivaram a vítima a decidir por encerrar o relacionamento, o que levou Dário Angelo a tramar a morte da companheira.
No seu depoimento, a mãe informou que a vítima e o réu viajaram de Ouricuri, onde moravam, até a cidade de Paulista, onde ambos passaram o fim de ano de 2012 no apartamento da mãe de Dário, no bairro do Janga. No dia 2 de janeiro de 2013, ele disparou duas vezes contra a vítima no quarto em que dormiam. Os dois filhos e a sogra da vítima estavam no local e se depararam com a cena do crime, enquanto o réu se apresentou à Delegacia de Plantão de Olinda, onde confessou a autoria do crime.
Combate ao trabalho infantil é tema de palestra de representante do MPPE
13/06/2025 - O Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Lei nº 11.542/2007, foi celebrado na última quarta-feira (11/6), em Manari, com atividades na Escola Municipal Maria Alzira Oliveira Jorge, no centro da cidade. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esteve representado pelo Promotor de Justiça Paulo Fernandes, que realizou uma palestra sobre o tema.
O evento, promovido pela Secretaria de Educação de Manari e pelo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município (CREAS), ocorreu à tarde e contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros tutelares e a comunidade.
O Promotor de Justiça Paulo Fernandes ressaltou a importância e a necessidade de abordar constantemente o tema a fim de discutir e garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, sobretudo no atual contexto de desigualdades sociais. "É fundamental fortalecer o engajamento da sociedade e dos setores público e privado nessa luta", justificou o representante do MPPE.
Este ano, o slogan da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é "Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro" e visa estimular a sociedade a adotar práticas eficazes de enfrentamento a essa prática.
MPPE recomenda medidas para coibir poluição sonora e uso de fogos de artifício com estampido
13/06/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu, por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, no Sertão, recomendação à gestão municipal para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e estadual relacionada à não-utilização de soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam ruídos sonoros e estampidos, durante as festividades juninas.
O documento ressalta que grupos vulneráveis, como pessoas hospitalizadas, crianças, idosos, autistas e animais, são prejudicados pelo barulho excessivo, e ressalta que existem alternativas mais modernas e silenciosas disponíveis no mercado. Recomenda, ainda, a realização de ações educativas para conscientizar a população sobre as leis municipais e estaduais que tratam sobre o tema.
“As emissões de ruídos estão atreladas não só a questões de segurança pública, mas também a graves problemas de saúde pública, representando um dos maiores desafios ambientais da contemporaneidade”, apontou o Promotor de Justiça Paulo Fernandes Medeiros Júnior, no texto da recomendação.
Além disso, o MPPE orienta que sejam promovidas ações fiscalizatórias e preventivas quanto à comercialização de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros e ruídos, bem como a ampla divulgação das legislações estadual e municipal e sobre a recomendação, por variados canais de comunicação popular.
Por fim, a Prefeitura deverá enviar um relatório à Promotoria de Justiça local, informando as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O não atendimento dos termos importará na adoção de todos os atos aptos a fixar responsabilidade nas áreas criminal, civil e administrativa.
A íntegra da recomendação pode ser consultada no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE, do dia 23 de maio de 2025.

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