Idosa feliz

O QUE É?

A Caravana da Pessoa Idosa desenvolveu o PEVI diante da problemática de violência contra esse segmento. O objetivo do projeto é discutir e implementar um fluxograma de atendimento à pessoa idosa vítima de violência, de modo a diminuir as subnotificações desses casos e fortalecer a atuação da rede.

Considerando que são inúmeras as instituições e as políticas públicas que atuam na questão, tem-se mostrado necessária a definição de um fluxo de recebimento das notícias de violação e de atendimento dos casos na rede.

Além da criação de fluxos, o projeto propõe a criação de um núcleo intersetorial nos municípios contemplados para atuar enquanto unidade de referência para o recebimento, identificação e tratamento dos casos de violência contra a pessoa idosa.

Municípios aderentes

Jaboatão dos Guararapes | Igarassu | Garanhuns | Olinda | Caruaru

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Cartilhas

Acesse as Cartilhas do Projeto PEVI


Olinda


Garanhuns


Jaboatão dos Guararapes


Igarassu

Tipos de Violência

Dizem respeito ao uso da força física contra a pessoa idosa, no intuito de provocar-lhe dor, incapacidade ou morte. Este tipo de violência pode se manifestar de várias formas, como tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, arremesso de objetos, estrangulamentos, queimaduras, perfurações, mutilações, entre outras.


Corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-los do convívio social. Pode ser expressa na rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes. Por consequência, pode vir a colocar em risco ou causar dano a autoestima, identidade ou bem estar da pessoa idosa, trazendo tristeza, isolamento, solidão, sofrimento emocional e frequentemente depressão.


Entendida como qualquer conduta de calúnia, difamação e injúria. Calúnia é o ato de atribuir falsamente a alguém a responsabilidade por fato tipificado como crime. Difamação é atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação perante a sociedade. Injúria é a ofensa ao sentimento que cada pessoa tem a respeito de si mesmo.


É a omissão ou recusa de cuidados devidos e necessários à pessoa idosa, por parte dos cuidadores, responsáveis familiares ou instituições.


É qualquer ação na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, com uso ou não de armas ou drogas, obriga outra pessoa a ter, presenciar, ou participar de alguma maneira de interações sexuais ou a utilizar de qualquer modo a sua sexualidade. Incluem-se como violência sexual situações de estupro, abuso incestuoso, assédio sexual, sexo forçado, jogos sexuais e práticas eróticas não-consentidas, voyeurismo, manuseio, penetração oral, anal ou genital, com pênis ou objetos, de forma forçada. Inclui também exposição coercitiva e constrangedora a atos libidinosos, exibicionismo, masturbação, linguagem erótica e material ponográfico.


É o ato de violência que implica dano, perda, subtração, destruição ou retenção de bens, documentos pessoais, objetos e valores da vítima. Consiste na exploração inapropriada ou ilegal, ou no uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar.


É uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos cuidadores, familiares, responsáveis institucionais e governamentais que tem o dever de prestar socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção.


Diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma. Um dos primeiros sinais de autonegligência é a atitude de se isolar, de não sair de casa, recusar os hábitos de tomar banho, alimentar-se corretamente e não tomar os medicamentos, manifestando clara ou indiretamente a vontade de morrer.


É quando cuidadores, familiares ou profissionais administram medica­mentos prescritos ou não, em dosagens diferentes da indicada por pro­fissional de saúde.


Pode ser entendida como um conjunto de práticas discriminatórias e/ou de negação de direitos na esfera pública e em instituições privadas. Como exemplos, podemos citar o excesso de burocracia e impessoalidade no atendimento, as longas filas, a falta de informação adequada, a comunicação confusa.


Refere-se a atitude de não permitir o exercício de crença religiosa ou de impor outra religião.


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Abordagem
e acolhimento

A pessoa muitas vezes, não verbaliza que sofre maus-tratos ou alguma outra forma de violência intrafamiliar ou extrafamiliar. O profissional deve estar atento para a comunicação verbal ou não verbal e para as relações com familiares e/ou com seus cuidadores.

Os sinais observados podem sugerir uma situação de violência, porém, não deverão ser avaliados de forma isolada.

A atenção à pessoa idosa em situação de violência suspeita ou confirmada, requer:

  • Oferecer atendimento humanizado.
  • Tratar com respeito e atenção.
  • Disponibilizar tempo para uma conversa tranquila.
  • Manter sigilo das informações.
  • Validar o seu sofrimento.
  • Afastar sentimentos de culpa.
  • Usar linguagem clara e acessível.
  • Manter uma postura profissional.
Médica atendendo idoso

Sinais e alertas

Médica atendendo idoso
  • Expressão facial demonstrando tristeza, desesperança, passividade ou retraimento.
  • Estado emocional ansioso ou agitado, principalmente na presença de cuidadores ou da família.
  • Aparentar ter medo de falar livremente.
  • Vestimenta descuidada, pouca higiene, falta ou má conservação de próteses (desde que afastada a ausência de condições financeiras). 
  • Administração incorreta de medicamentos.
  • Abandono ou ausência do cuidador durante longos períodos.
  • Falta de cuidado com os problemas de saúde e busca tardia por assistência.
  • Desconforto ou tensão por parte dos familiares ou cuidadores durante as visitas domiciliares, consultas médicas ou hospitalizações. 
  • Pouco conhecimento sobre a situação de saúde pela própria pessoa idosa e pelos cuidadores. 
  • Relato diferente do relato do familiar ou cuidador.
  • Atitude indiferente do familiar ou cuidador. 
  • Evitação do contato visual ou físico.
  • Negação para responder a perguntas relacionadas ao assunto violência.
  • Explicações improváveis, pessoais ou de seus familiares, para determinadas lesões ou traumas. 
  • Presença de três ou mais quedas no ano, as quais podem ser indicadores de existência de violência. 
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